Da Redação
Blog Edição MT
O governador Mauro Mendes, que também preside o União Brasil em Mato Grosso, não apenas lembra, mas parece estar longe de esquecer a traição que sofreu por parte do senador licenciado e ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante as eleições de 2022.
Um episódio que continua a reverberar nos bastidores políticos do estado.
É importante recordar que Fávaro assumiu o cargo de senador após uma decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, em uma ação impulsionada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) que resultou na substituição da senadora Selma Arruda.
Na eleição suplementar de 2020, Mauro Mendes esteve ao lado de Carlos Fávaro, desempenhando um papel crucial como seu principal cabo eleitoral. No entanto, durante as eleições de 2022, quando Mendes buscava sua reeleição, Carlos Fávaro não hesitou em trair sua confiança.
O senador optou por apoiar Márcia Pinheiro, desviando-se da base bolsonarista e alinhando-se ao campo de Lula.
Esse ato de traição foi simbolizado pelo gesto de formar um "L" com a mão, representando uma das maiores demonstrações de deslealdade e ingratidão no cenário político.
O impacto dessa traição transcendeu o momento eleitoral e criou implicações duradouras e definitivas.
A possibilidade de Mauro Mendes buscar uma composição com o PSD nas eleições municipais de 2024 é praticamente nula.
Além disso, a chance de qualquer cooperação com o PT, que lidera a federação de esquerda, também está praticamente descartada.
A motivação para essa realidade é amplamente conhecida: além das divergências ideológicas e da estreita relação com o campo bolsonarista, a animosidade pessoal entre Mendes e Emanuel Pinheiro torna ainda mais improvável qualquer aliança com o Lulopetismo.
No cenário municipal, sob a orientação do governador Mauro Mendes, os candidatos filiados ao União Brasil seriam impedidos de estabelecer coligações com o PSD e com os partidos da federação de esquerda (PT, PCdoB e PV).
As consequências dessa traição de Fávaro reverberam em múltiplas direções, afetando alianças futuras e moldando o panorama político de Mato Grosso. Uma lembrança de que, na política, a lealdade pode ser um ativo raro e valioso.