Da Redação
Blog Edição MT
O debate sobre a descriminalização da maconha tem gerado intensas discussões no Supremo Tribunal Federal (STF) e mobilizado o Congresso Nacional.
As preocupações sobre os impactos das drogas na sociedade são legítimas: elas causam danos psicológicos, morais, familiares e materiais significativos. N
o entanto, ao focarmos exclusivamente nas drogas ilícitas, como a maconha, muitas vezes negligenciamos os perigos das drogas lícitas, especialmente o álcool.
O álcool está profundamente enraizado na cultura social.
Seja em uma comemoração, um jantar ou uma reunião informal, a presença de bebidas alcoólicas é quase inevitável.
A influência da indústria do álcool, combinada com a aceitação social, torna difícil resistir ao seu consumo. No entanto, o que muitos ignoram são os perigos que o álcool representa para a saúde.
Ao ser ingerido, o álcool é metabolizado pelo organismo e transformado em acetaldeído, uma substância tóxica que é parcialmente responsável pelos efeitos de embriaguez e ressaca.
O que poucos sabem é que o acetaldeído, após cumprir seu papel tóxico, é convertido em gordura visceral.
Esse tipo de gordura, que se acumula em torno dos órgãos internos, é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Sob essa perspectiva, o álcool pode ser mais prejudicial ao organismo do que a maconha.
Enquanto a maconha é frequentemente associada a efeitos psicoativos e à controvérsia moral, o álcool, silenciosamente, compromete a saúde física de milhões de pessoas.
O acúmulo de gordura visceral, causado pelo consumo frequente de álcool, é um dos maiores vilões na luta contra doenças cardíacas, que são responsáveis por milhões de mortes todos os anos.
É preciso, portanto, reavaliar nossa abordagem sobre as drogas. A campanha contra a descriminalização da maconha deve ser equilibrada com uma análise crítica sobre o consumo de álcool.
Afinal, a saúde pública deve ser preservada em todas as suas dimensões, e isso inclui a conscientização sobre os perigos do álcool, uma droga legalizada que causa danos muitas vezes ignorados pela sociedade.
Para avaliar sua gordura visceral, consulte um endocrinologista, nutrólogo ou nutricionista