Da Redação
Blog Edição MT
Com 4.057 km de extensão, a rodovia BR-163 rasga seis estados do Brasil no sentido Sul-Norte. Inicia em Tenente Portela/RS e termina em Santarém/PA.
Esta rodovia atravessa os estados responsáveis pela maior produção de proteína animal e vegetal do país e serve para o escoamento dessa riqueza produzida no campo – soja, milho e carne, principalmente.
O trecho de 805,9 quilometros entre os municipios de Itiquira e Sinope foi concessionado a Rota Oeste em março de 2014 pelo governo federal.
A empresa não executou as obras de manutenção e o compromisso de duplicar os trechos de maior fluxo de tráfego não foi honrado.
A indolência da Rota Oeste fez disparar os números de acidentes, o comércio, a indústria e principalmente os produtores rurais amargaram prejuizos bilionários.
A rodovia tão importante para o estado quanto o ar que cada mato-grossense respira virou a rota da morte. Se fosse possível fincar cruzes em cada local de acidente com óbito, esta redovia seria um imenso cemitério a céu aberto.
A carnificina no asfalto exigia uma resposta energica e decisiva do Governo de Mato Grosso, já que o Governo Federal foi incapaz de construir uma solução para o problema.
Mauro Mendes, então, assumiu o desafio político e propôs a transferência da concessão da Rota Oeste para a MT Par, uma empresa que tem o governo do estado como maior acionista.
As tratativas com o ministério da Infraestrutura, ainda sob o comando de Tarcisio de Freitas, atual governador de São Paulo, com a ANTT, TCU, a própria Rota Oeste e seus credores, tiveram início em 2022 – tudo sob o mais absoluto sigilo para não ganhar conotação política em um ano eleitoral.
Sob a liderança do governador Mauro Mendes (UB), o empresário e ex-senador Cidinho Santos assumiu a linha de frente da articulação política. Sua primeira missão foi convencer Tarcisio de Freitas da legalidade, viabilidade e importância social e econômica do projeto.
O objetivo foi atingido com sucesso. Freitas endosou a proposta.
O passo seguinte foi buscar a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) e superar resistências à iniciativa.
Foto: Mayke Toscano/Secom-MT
Governador Mauro Mendes, ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, assinam TAC com a ANTT e Rota do Oeste para transferência da concessão da BR-163
No início de outurbo de 2022, O presidente da Corte de Contas, Bruno Dantas, esteve em Cuiabá para acompanhar assinatura do TAC entre a ANTT e a Rota do Oeste para iniciar a transferência da BR-163 ao Governo de MT. "Mendes foi inovador e mostra empenho em trazer solução para sociedade", discursou Dantas. N
Na retaguarda de um projeto com a envergadura e dimensão como foi a estadualização da BR-163 – algo inédito na história do Brasil e que serve de modelo para outros estados da federação -, um suporte técnico era condição sine qua non.
O governo não precisou contratar nenhum especialista de outra galáxia.
O secretário de Fazenda, Rogério Gallo, o prata da casa e dono de um cérebro privilegiado, assumiu a missão.
O resultado de sua profícua atuação dispensa comentários, já é de amplo conhecimento público – para orgulho de todos os mato-grossenses.
O frenesi de carros, carretas, ônibus e caminhões na pista revelam a pujança do estado e a força de sua gente.
Na última quinta-feira (04), ao lado do presidente da República, Mendes assumiu a gestão da BR-163. No dia seguinte, o chefe do Paiaguás assinou ordens de serviço para execução de obras de duplicação da rodovia no trecho entre Cuiabá e Sinop.
Ao todo, serão investidos nessa primeira fase R$ 1,6 bilhão.
A rodovia BR-163 é vital para o escoamento da produção agrícola de Mato Grosso, mas sua importância transcende aos interesses apenas do agronegócio. Por esta rodovia circulam vidas, remédios, vestimentas, alimentação, etc.
É por esta artéria que abastece parte considerável do Norte do Brasil que passa quase tudo que Mato Grosso produz e consome.
O frenesi de carros, carretas, ônibus e caminhões na pista revelam a pujança do estado e a força de sua gente.
Que em breve o pejorativo codinome "Rodovia da Morte" seja enterrado nas brumas do passado e em seu lugar surja a certeza de que transitar pela BR-163 é viajar pela "Rota da Vida".