Da Redação
O médico e indigenista Oswaldo Cid Nunes da Cunha faleceu aos 76 anos nesta quinta-feira (07.12), após enfrentar uma batalha contra o câncer de pâncreas.
Reconhecido por sua dedicação à saúde dos povos tradicionais, especialmente os indígenas, Oswaldo era irmão do renomado marqueteiro Mauro Cid.
O velório está programado para sexta-feira (08.12), das 7h às 10h, na Funerária Santa Rita.
Oswaldo Cid deixou um legado marcante em sua trajetória profissional. Atuou no Acre, onde, durante o regime militar, enfrentou um afastamento de suas funções, resultando em um protesto unificado de todas as nações indígenas atendidas.
Esse episódio, que incluiu a ocupação da sede do órgão, foi amplamente noticiado na época.
O mesmo ocorreu em Brasília, quando foi afastado da chefia do Departamento de Saúde da Funai por sua firme oposição à transferência da saúde indígena para a Funasa, resultando em sua perda de cargo.
Oswaldo também se destacou como um incentivador da pesquisa científica e acadêmica, abrindo as portas de sua fazenda em Poconé para estudos sobre o Pantanal.
Sua vida será lembrada como a de um homem à frente de seu tempo, que considerava a saúde indígena um sacerdócio e lutava contra as tentativas de transferência de responsabilidades para a Funasa.
Oswaldo Cid deixa um legado irreparável no campo da saúde e na defesa dos direitos dos povos tradicionais, deixando quatro filhos enlutados.
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