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POLÍTICA Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2020, 22:25 - A | A

10 de Fevereiro de 2020, 22h:25 - A | A

POLÍTICA / CAÇA NÍQUEL

A composição da JARI/Sutrav de Tangará da Serra foi concebida para ferrar condutores

EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra



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A Superintendência de Transporte Aéreo e Viário (Sutrav) de Tangará da Serra funciona como um apêndice da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra). Seu coordenador é Cássio Lorenzetti, que não tem autonomia para organizar, disciplinar o transito, cuidar da sinalização aérea, de solo e inibir a matança no asfalto.  

Esse é apenas um dos muitos problemas que tornam a Sutrav inoperante e incapaz de desempenhar suas atribuições. O chefe dos agentes de fiscalização de trânsito, Edson Quirino de Oliveira, sequer é agente de transito.  

Quirino foi admitido no serviço público municipal em 06 de julho de 1989.

A Lei Nº 1.560, que criou os agentes de trânsito é de agosto de 1999.

Outra anomalia: Renivaldo Costa Matias figura no Portal Transparência como Coordenador de Transporte Rodoviário. Na prática, exerce a função de topografo na Sinfra.  

A composição da Junta Administrativa de Infração JARI é o que se pode chamar de excrescência ou de pelotão de fuzilamento. Por meio do Decreto Nº 258/2018, o prefeito Junqueira nomeou seus membros.  

O advogado Alberto Fernando Ambrósio, que acumula a Ouvidoria Geral do Município e Ouvidoria do SUS é o presidente da JARI. Wandressa Moreira Garcia e Cassio Lorenzetti são membros.  

Wandressa ocupa a vaga de representação de uma entidade máxima local representativa dos condutores de veículos.

A reportagem não conseguiu descobrir que entidade Wandressa representa na JARI. O Coordenador da Sutrav, Cassio Lorenzetti, é o terceiro membro da JARI.  

Conforme o Decreto Nº 2.710, de 26 de novembro de 1998, assinado pelo governador Dante de Oliveira, presidente da JARI/Detran-MT é indicado pelo Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), que é composto por representantes do órgão gestor do trânsito e por entidades representativas dos condutores de veículos.  

Fábio Junqueira seguiu caminho inverso. Usurpou uma prerrogativa que seria do Conselho Municipal de Trânsito e nomeou para presidir a JARI/Sutrav alguém de sua mais absoluta confiança – advogado Alberto Ambrósio.  

Isso explica porque os recursos administrativos invariavelmente são fadados ao fracasso. Arrecadar e espoliar o condutor, sem garantir um julgamento isento, técnico e imparcial, é regra para turbinar os cofres da prefeitura. Pior que isso: quem deveria fiscalizar esse acinte a sociedade se cala por ignorância, omissão ou cumplicidade.  

Em resumo da opera: com dois representantes da prefeitura na composição da JARI/Sutrav, o condutor pode esperar tudo, menos um julgamento justo. A desproporcionalidade é algo gritante. Um abuso contra os condutores de veículos.

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