EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
O mensaleiro Roberto Jefferson continua com a corda toda nos bastidores da política. Íntimo de Bolsonaro, o dono do PTB exige um ministério de porteira fechada como moeda de troca para empurrar os 12 deputados da legenda para a base de apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro.
O PTB integra o chamado Centrão, o agrupamento político mais fisiológico do Congresso, que conta com 221 deputados. PP, PL, PSD, MDB, DEM, SOLIDARIEDADE, PTB, PROS e AVANTE formam esse grupelho partidário. O síndico desse condomínio partidário é o deputado Arthur Lira, que é filho do ex-senador alagoano Benedito Lira e foi investigado pela Lava Jato. Outro mensaleiro de projeção, Valdemar Costa Neto, também dá as cartas e joga de mão.
Isolado politicamente e com a popularidade esfarelada, Jair Bolsonaro deixou para trás o discurso da nova política e de combate a corrupção. Para se manter no cargo, o capitão sinaliza um acordo de sobrevivência com a ala mais venal, corrupta, fisiológica e mercenária do Congresso.
Esse ambiente de promiscuidade desperta os instintos mais primitivos do presidente do PTB, Roberto Jefferson, que é um predador especializado na arte da malandragem política. Enfraquecido, Bolsonaro precisa ceder para sobreviver. Jefferson exige apenas a acomodação de sua filha, a ex-deputada Cristiane Brasil no futuro ministério do Trabalho.
A indicação de Brasil lavaria sua honra. Ela foi nomeada pelo presidente Michel Temer para o mesmo cargo. Mas sugada por um turbilhão de denúncias de que teria participado de suposto esquema de fraudes justamente no Ministério do Trabalho, a então deputada foi proibida de pôr os pés na pasta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Alberto Gonçalves Dos Santos 14/07/2020
Quem vive de sugar o sangue do povo não quer saber de direitos do povo...
1 comentários