EDÉSIO ADORNO
Redação
O professor Carlos Alberto Decotelli entregou, na tarde desta terça-feira, pedido de demissão ao presidente Jair Bolsonaro. Ele deixou o ministério da Educação antes mesmo de ser empossado no cargo.
A queda de Decotelli já era esperada.
Os périplos, plágios e mentiras deslavadas que emolduram sua questionável formação intelectual ampliaram no chamado núcleo ideológico a rejeição a seu nome. Constrangida, a ala militar do Planalto deixou o oficial da reserva da Marinha se colidir com o iceberg da inverdade.
Desamparado pelos ‘ideológicos’ e pelos milicos, Decotelli não resistiu o fogo cruzado da comunidade acadêmica, de movimentos estudantis, da imprensa e das redes sociais. Entregou o boné, pegou seu banquinho e saiu de fininho. Virou ex-ministro sem nunca ter sido ministro. Superou Marcelo Teich em termos de permanência no governo.