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POLÍTICA Quarta-feira, 03 de Agosto de 2022, 10:57 - A | A

03 de Agosto de 2022, 10h:57 - A | A

POLÍTICA / DEU NA CNN

Diretor da Quaest/Pesquisa crava: “só haverá segundo turno se Bolsonaro tirar votos de Lula”

Felipe Nunes analisou em entrevista à CNN a diminuição da rejeição do governo Bolsonaro nos últimos meses

Marcello Sapio e Isabella Galvão
CNN BRASIL



O CEO da Quaest, Felipe Nunes, afirmou à CNN nesta quarta-feira (3) que o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PL) só conseguirá chegar ao segundo turno se tirar votos de seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  

Na última pesquisa presidencial da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, Lula lidera as intenções de voto com 44%, enquanto Bolsonaro aparece na segunda colocação, com 32%.   

“O segundo turno, que é o que está em discussão neste momento, só vai acontecer se o Bolsonaro conseguir tirar votos do Lula. O voto é um recurso escasso. Você tem que disputar dentro de um padrão, e todo mundo está muito próximo de seu teto. Eles têm que brigar entre si se quiserem aumentar ou diminuir a diferença”, disse.  

Nunes ainda analisou a queda na diferença nas intenções de votos entre Lula e Bolsonaro. O que antes era de 18%, em março, agora está em 12%. Ele destacou a diminuição da rejeição ao governo Bolsonaro nos últimos meses.  

Em março, a rejeição era de 49%, oscilou para 47% em junho e agora está em 43%. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O índice de aprovação oscilou um ponto percentual para mais em relação à última pesquisa, divulgada em julho.  

“A parte mais significativa não está nas intenções de voto, mas na avaliação do governo. Quando a gente olha para a rejeição, ela caiu de forma mais consistente, e isso porque havia uma expectativa, por parte do governo, de toda a movimentação em torno do que estão tentando fazer para resolver os problemas dos brasileiros”, disse.  

Ele ainda disse que a queda na rejeição ainda pode demorar para se refletir nas intenções de voto. “Já é algo mais demorado. As pessoas ainda estão muito desconfiadas em relação ao governo e outra porque as declarações do presidente também não ajudam para que essa movimentação aconteça nas intenções de voto”, afirmou.

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