Um documento subscrito por mais de 200 empresários da indústria, comércio e prestação de serviços, além de profissionais autônomos, foi protocolado, na tarde desta quinta-feira, na prefeitura de Tangará da Serra e no Ministério Público Estadual, para reivindicar a reabertura dos estabelecimentos comerciais, que estão com as atividades suspensas por força de medidas de prevenção ao novo coronavírus determinadas pelo chefe do Executivo Municipal.
“Todos os empresários são cientes da atual condição mundial e nacional desencadeada pelo novo coronavírus (covid-19)”, pondera o documento encaminhado as autoridades.
Calamidade financeira
Em outro tópico do documento, seus signatários alertam o prefeito Junqueira e os Promotores de Justiça para a ocorrência de inevitável situação de calamidade financeira.
“Contudo, o nosso país, mais especificamente a nossa cidade de Tangará da Serra não possui suporte econômico para enfrentar a situação de vedação do exercício de atividade empresarial e comercial da forma como decretada, situação que vai gerar uma calamidade financeira sem precedentes”, alertam os empresários.
Segundo consta no documento, os empresários entendem que a situação do novo coronavírus é de fato preocupante. Eles defendem a adoção de medidas emergenciais em todas as frentes, mas descartam o que consideram como “radicalismo” os atos do prefeito Fabio Junqueira.
Redução de impacto econômico
Empresários protocolam no na prefeitura e no MPE pedido de reabertura do comércio
No pleito ao MPE e ao prefeito Junqueira, os empresários reivindicam que “sejam adotadas novas medidas pelo município a fim de reduzir os impactos econômicos e sociais” e apontam como alternativa a doção do chamado isolamento vertical para idosos, pessoas com doenças pré-existentes ou suspeitas de infecção e ainda a manutenção de atividades que gerem aglomerações de pessoas.
Demissões e falências de empresas
Os empresários, ainda de acordo com o documento, argumentam que “o comércio local, assim como nacional, já sofrerá os impactos do covid-19” e alertam: “quanto maior o tempo de paralisação, mais difícil será a retomada, sendo que nesse momento já assistimos demissões, inadimplência e um sério de riscos de falência”.
Cuidados com a saúde
Os impactos econômicos do fechamento do comercio serão devastadores para Tangará da Serra
Para tranquilizar a população e efetivamente colaborar com as autoridades sanitárias do município, “os empresários tangaraenses se comprometem a adotar todas as medidas de higiene e segurança a fim de evitar ou diminuir os riscos de contaminação, bem como dispensar funcionários do grupo de risco ou com sintomas. Todas essas prevenções serão adotadas, mas precisamos voltar a trabalhar”, diz um trecho do documento.
Ainda de acordo com o documento, o fluxo financeiro da maioria das empresas de Tangará da Serra não resistirá por mais vinte dias (se continuarem fechadas). “Os impactos de tal medida (fechamento do comercio) serão devastadores para o município e para a população”, vaticinam os empresários.
No arremate do documento, seus signatários fazem um pedido direto.
“Requeremos que seja alterado o decreto municipal para permitir que o comércio local seja reaberto com todas as medidas de segurança e higiene e, até com diferenciação de horário de funcionamento, se assim entender necessário”.