Da Redação
A Bronca Popular
Manhã de quinta-feira, 21 de janeiro de 2021. O dia em Cuiabá começa aquecido pelos raios solares de uma 'lua abrasadora'. Numa sala refrigerada da secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), os prefeitos de Tangará da Serra, Vander Masson (PSDB) e de Santo Afonso, Luiz Fernando Ferreira Falcão (UB), acompanham com atenção e expectativa a abertura de dez envelopes com propostas de empreiteiras para construção de 37,6 Km de pavimentação asfáltica da rodovia MT-240.
Ao lado dos gestores, dois dos principais interessados na milionária obra prendem a respiração. A expectativa é grande. O presidente da Associação dos Beneficiários da MT-240, José Afonso Gonçalves e o diretor operacional da entidade, Edilson Sampaio, simpáticos a construtora Guaxe, tiveram que aceitar o resultado que saiu dos envelopes. A até então desconhecida e capenga construtora Centro Leste, foi a vencedora do certame licitatório, com lance de R$ 18.547.733,46.
Contratada pela Sinfra, a Centro Leste mijou no cachorro da espora, não deu conta do recado e o contrato foi rescindido. O sonho da pavimentação asfáltica entre Tangará da Serra e Santo Afonso foi adiado. Tudo voltou a estaca zero!
Ruim para quem depende da rodovia, bom para a construtora Guaxe. Como ela havia ficado em 2º lugar durante a licitação, foi convidada para assumir as obras. O contrato foi assinado na semana passada. A promessa da 'gata' é retomar as obras na primeira semana de maio.
Obviamente que as lideranças políticas de Tangará da Serra, Santo Afonso e os orgãos de controle externo, como TCE-MT e MPE, precisam manter os olhos bem aberto. As obras da Guaxe, via de regra, são de qualidade duvidosa.
