Moradores sem teto preparam manifestação para cobrar do prefeito de Aripuanã política habitacional

EDÉSIO ADORNO

A falta de moradia para famílias de baixa renda é um grave problema social que inquieta moradores das grandes, médias e pequenas cidades. Apenas em Mato Grosso, o déficit habitacional seria de aproximadamente 100 mil unidades, segundo dados de 2018, divulgados pelo Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT).  

O problema, ainda de acordo com o Sinduscon, é mais grave em Cuiabá e Várzea Grande, onde concentra 50% de toda a demanda.

O programa do governo federal “Minha Casa, Minha Vida” tem um papel fundamentação na redução do déficit de moradia, infelizmente os recursos se tornaram escassos e as linhas de crédito foram reduzidas.  

Longe de ser um problema restrito as grandes cidades, a falta de política habitacional preocupa moradores de diversos municípios do estado. Em Aripuanã, de acordo com a dona de casa Ana Paula Gomes, 27 anos, casada e mãe de 03 filhos, existem algo em torno de 1 000 mil famílias que não tem um teto para se proteger do sol e da chuva.  

Reprodução/Web

Imagem ilustrativa

Ana Paula, juntamente com a senhora Lucilene Vicente Barbosa, 29 anos e mãe de 06 filhos, criou um grupo de WhatsApp para mobilizar as pessoas que vivem na mesma situação para cobrar do prefeito Jonas Canarinho (PSL) a construção de casas populares ou a doação de lotes urbanizados para que as famílias possam edificar suas moradias.  

“Não queremos nada de graça da prefeitura, estamos dispostas a pagar seja pelas casas ou pelos lotes urbanizados. O que não queremos é continuar pagando aluguel caro ou viver de favores nas casas de parentes”, afirmou Ana Paula.

 

De acordo com informações divulgadas em um grupo de Whatsapp, os membros do Movimento em Busca de Moradia de Arpuanã devem fazer uma manifestação nos próximos dias em frente à residência do prefeito Canarinho. “Vamos cobrar nossos direitos”, disse.

Habitação é de fato um direito social protegido pela Constituição Federal.

Cabe ao prefeito buscar alternativas para resolver esse drama de boa parte da população.

Nesse esteira, o movimento liderado por Ana Paula Gomes e Lucilene, entre tantas outras mulheres determinadas, merece o apoio da sociedade, da imprensa e da classe política. A causa é justa e nobre.