Da Redação
A Bronca Popular
O prefeito de Tangará da Serra, Vander Masson (UB), decretou, na última terça-feira (07), situação de emergência como resposta mitigadora ao prolongamento da estiagem e a uma possível crise no abastecimento de água à população.
No decreto consta que a irrigação de plantas dos canteiros, rotatórias e vasos da Avenida Brasil e outros pontos da cidade não é feita com água potável e tampouco com água da Bacia do Rio Queima-pé, que abastece a cidade.
Aparentado desconhecer o decreto e a fonte da água que está sendo usada em caminhão pipa para irrigar canteiros, o vereador Horácio Pereira gravou um vídeo em estilo apocalíptico para condenar o trabalho da secretaria de Meio Ambinte. O parlamentar considera um absurdo usar água para molhar canteiros , rotatórias e vasos. Por ele, o verde desaparece!
Diante da informação incendiária do vereador, a prefeitura e o Samae emitiram uma nota de esclarecimento.
A prefeitura e o Samae esclarecem que o processo de irrigação dos canteiros, rotatórias e vasos da Avenida Brasil, assim como em outros pontos estratégicos. O objetivo é dissipar possíveis mal-entendidos e fornecer informações precisas à comunidade.
Contrariando especulações recentes, a administração municipal enfatiza que a água utilizada nesse serviço não é potável e tampouco provém da Bacia do Rio Queima-pé, que é a fonte principal de abastecimento da cidade. A água empregada é classificada como "bruta" e não passa por processos de tratamento. Ela é extraída da Bacia do Rio Estaca, com ponto de coleta na Rua 40, localizada no Jardim do Sul.
Essa escolha não é arbitrária, mas sim uma medida alinhada com o Art. 11, §2º do Decreto 566/2023, que declara situação de emergência devido à seca. "O decreto estabelece que a SINFRA (Secretaria de Infraestrutura) é encarregada de abastecer o reservatório da Rotatória Central e os vasos da Avenida Brasil com água bruta proveniente de uma bacia hidrográfica diferente da Bacia do Queima-pé", diz a nota.
"Essa ação visa preservar o abastecimento prioritário da população, enquanto, de forma sustentável, utiliza-se água não tratada para a manutenção paisagística. É importante ressaltar o comprometimento do Executivo Municipal em seguir normas e devidos procedimentos, visando o equilíbrio entre as necessidades da cidade e a preservação dos recursos naturais", conclui a nota de esclarecimento
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