EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Senadores contrários a criação da CPI da Lava Toga reclamaram ao presidente Davi Alcolumbre que estariam sendo hostilizados nas ruas e nas redes sociais. Os membros do esquadrão de combate a Lava Jato também rejeitam qualquer possibilidade de investigação dos tribunais superiores, em especial dos togados do STF.
O Movimento Muda Senado, que é composto por 27 parlamentares, despertou a fúria de gente como Renan Calheiros (MDB) e Flávio Bolsonaro (PSL).
Os senadores Álvaro Dias, Major Olímpio, Alessandro Vieira e Selma Arruda, entre outros, não abrem mão do direito constitucional de passar o judiciário a limpo, em respeito a nacionalidade que exige moralidade e transparência nos Três Poderes da República. Os senhores de toga estão em pânico.
Inviabilizar a Lava Toga é o menor dos problemas. Calheiros, Alcolumbre e seus capachos querem mais. Querem o silêncio dos membros do Movimento Muda Senado.
Senadores da esquerda e da direita melancia afirmam, reservadamente, que os parlamentares que defendem a Força-Tarefa da Lava Jato e a investigação de membros do judiciário estariam incitando a população contra eles, o que, segundo entendem, configuraria quebra de decoro.
Para contemplar os devotos de Lula, que excomungam na imprensa e nas redes sociais contra o ex-juiz Sérgio Moro e o coordenador da Força-Tarefa da Lava Jato em Curitiba, procurador Deltan Dallagnol, Davi Alcolumbre decidiu, depois de um longo inverno de 08 meses, mandar instalar o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado.
O colegiado tem a responsabilidade de analisar representações e denúncias feitas contra os senadores. Em conversa com a imprensa, Alcolumbre antecipou que já existem representações prontas para serem apresentadas ao conselho. Questionado sobre nomes, o preposto do Centrão se esquivou. O Conselho de Ética poderia estrear suas atividades com o julgamento de um caso nebuloso: a fraude eleitoral que redundou na eleição de Alcolumbre para presidente da Mesa Diretora do Senado. Fica a dica.