Campanha publicitária veiculada pela TV Globo diz que o agro é tech, é pop, é tudo. Mas é, acima de qualquer dúvida, conservador. A Aprosoja, entidade que representa os produtores de milho e soja de Mato Grosso, respeita a opção ideológica de seus associados.
Na semana passada, por unanimidade, os ruralistas decidiram rechaçar Carlos Fávaro, Neri Gueller e Carlos Augustin como interlocutores do presidente Lula junto ao agronegócio do estadual. A decisão foi anunciada pelo presidente da entidade, Fernando Cadore.
“Ao apoiar as políticas do Partido dos Trabalhadores (PT), que inclusive, apoiam invasões de propriedades privadas, Carlos Fávaro, Neri Geller, e Carlos Augustin, entraram diretamente em divergência com os valores conservadores da classe produtora”, afirmou, em nota pública.
O posicionamento da Aprosoja é um alerta ao presidente eleito Lula.
Caso o petista tenha interesse em abrir canal de diálogo com os produtores rurais de Mato Grosso vai precisar escolher interlocutores afinados com o setor. Fávaro e Gueller estão com o filme queimado com os ruralistas.
"Além de não aceitar os nomes, os produtores decidiram que a Aprosoja-MT deverá se retirar do Instituto Pensar Agro (IPA), entidade que dá suporte à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), caso Carlos Fávaro, Neri Geller e Carlos Augustin, sejam interlocutores com estas instituições, já que não representam os produtores de soja e milho de Mato Grosso", completa o comunicado.