Num espetáculo de piruetas políticas, o vereador Fabão, que outrora era mestre em desancar o ex-prefeito Fábio Junqueira, agora revela seu talento como o principal aliado e defensor ferrenho do mesmo.
Parece que o esporte preferido do tucano era, na verdade, a ginástica retórica, trocando os golpes verbais por abraços e elogios entusiasmados.
Durante o reinado de oito anos, Fabão dedicou-se arduamente a bater sem dó e sem piedade no então prefeito Fabinho.
No entanto, como se a política fosse uma versão bizarra do jogo da verdade, o tempo passou, e Fabão viu-se enredado na teia de sua própria ironia.
Agora, Fabão é o leal cão de guarda de Junqueira, oferecendo-lhe elogios e paparicos em abundância.
A pergunta que paira no ar é tão absurda quanto a metamorfose política de Fabão: Será que ele mentia quando detonava Fabinho, ou mente agora ao empanturrá-lo de elogios?
Em qualquer uma das hipóteses, temos um mestre na arte da contradição, um verdadeiro contorcionista político que parece ter tocado o hino da mudança... ou seria da conveniência?