Epidemiologistas do mundo inteiro são unanimes em afirmar que apenas a imunização da população seria capaz de deter o avanço da covid-19 e impedir que o morticínio causado pela omissão de governantes continue a produzir cadáveres em escala industrial.
Essa parece não ser a percepção do governo brasileiro. O Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde (MS) não oferece cobertura para a população. Faltam leitos de UTI, medicamentos e qualificados em quantidade suficiente para atender à crescente demanda.
O líder que deveria conduzir o País com serenidade, equilíbrio e responsabilidade prefere passear de moto, promover aglomerações e estimular a transgressão das medidas de prevenção ao contágio da covid-19.
Mergulhado em profunda crise sanitária, o Brasil segue célere rumo a maior catástrofe humanitária de todos os tempos.
Nas redes sociais, uma militância doentia não percebe a gravidade do momento, defende quem deveria ser responsabilizado e punido por quase meio milhão de mortes.
Agressiva e violenta, essa claque digital rufa o cacete em prefeitos, vereadores e achincalha governadores de estado, como se a obrigação de distribuir vacina não fosse única e exclusivamente do governo federal.