Da Redação
Blog Edição MT
O movimento de Eduardo Bolsonaro para deixar o PL e estimular a debandada de outros parlamentares bolsonaristas não é apenas uma crise interna de Brasília — ele pode ter efeitos diretos e profundos na política de Mato Grosso.
Se o plano de enfraquecer o partido ganhar força, os filiados no Estado, especialmente aqueles que dependem do capital político da sigla, podem se ver órfãos de estrutura e apoio.
Entre os mais expostos estaria o senador Wellington Fagundes, que já enfrenta um cenário eleitoral desafiador. Sem um PL coeso e fortalecido, sua pré-candidatura pode caminhar para um isolamento estratégico, perdendo musculatura na construção de alianças e na articulação de recursos.
A disputa nacional entre Eduardo e Valdemar Costa Neto, que mistura ressentimentos pessoais e divergências táticas, ameaça respingar justamente onde a sigla ainda é competitiva.
Em Mato Grosso, a fragilização do PL pode abrir espaço para adversários ocuparem território e influenciarem diretamente o jogo de 2026. Nesse tabuleiro, Wellington corre o risco de pagar a conta de uma briga que não começou, mas que pode determinar seu futuro político. Assim, como Valdemar é alvo das desconfianças de Eduardo, Fagundes sequer é cumprimentado pela ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. Ela não confia e nem acredita na conversão do camaleão de Rondonópolis ao bolsonarismo rais.