Da Redação
A Bronca Popular
Alguns tubarões do agronegócio de Mato Grosso e meia dúzia de ricos empresários ligados ao setor tiveram suas contas bancárias bloqueadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, por suposto patrocínio a bloqueios de estradas e de atos antidemocráticos em razão da vitória de Lula contra Bolsonaro.
Esses abastados empresários do campo e da cidade reagiram ao bloqueio de suas gordas contas bancárias com o recrudescimento de bloqueio de rodovias. As manifestações vitaminadas por churrasco interromperam o fluxo de veículos nas BRs 163, 364 e em diversas rodovias estaduais, como a MT-358, em Tangará da Serra.
Formalmente os integrantes desse seleto grupo do agro se autodefinem no espectro ideológico como sendo de direita. Na prática, se comportam como antiquados comunistas.
Boicotar empresas, profissionais liberais e até vendedor de espetinho, como aconteceu em Campo Novo, é atitude própria de nazista. Suprimir o direito de locomoção das pessoas e se alegrar diante das trágicas consequências disso por mera e simples vindita a Moraes é algo surreal.
Os valentes ruralistas, indignados com o bloqueio de suas contas bancárias pelo togado Xandão, resolveram socializar com a população, tornar comum – coisa de comunista – um problema que é unicamente deles – somente deles!
O fechamento de estradas socializa o sofrimento, a privação e restringe o direito de locomoção de todos. Poderia esses endinheirados tornar comum o lucro de seus empreendimentos, ao menos com seus colaboradores ou investir parte de seus lucros em ações beneficentes.
As barreiras de obstrução do trafego de veículos são fortificadas por barricadas de pneus em chamas, cárcere privado de motoristas, que sob violência são impedidos de seguir viagem, disparos de armas de fogo, pedras em para-brisa de carros, pregos na pista, sequestro de caminhões para descarregamento forçado da carga.
A frente dos pontos de bloqueios elementos agressivos não medem as consequências de seus atos.
Investigação sigilosa da PRF e da PF já teria identificado que centenas dessas criaturas brutais não são agricultores e nem empresários. Muitos são desempregados, alguns trabalham em fazendas e outros recebem Auxilio Brasil.
“Essas pessoas em sua grande maioria são, o que podemos chamar de coiotes contratados por fazendeiros”, revela uma fonte deste site junto às forças de segurança. O serviço de inteligência das policiais escaneou os bastidores das manifestações antidemocráticas que estão a espalhar o terror pelas rodovias do estado. Até quando o estado será omisso?