Da Redação
Blog Edição MT

A deputada Carla Zambelli, conhecida pela ferocidade com que ataca adversários ideológicos nas redes sociais, agora tenta encenar uma comovente metamorfose.
Diante da condenação unânime do STF a 10 anos de prisão por comandar a invasão ao sistema do CNJ, Zambelli — a mesma que desafiava decisões judiciais e gritava em nome da “liberdade” — agora se diz frágil, doente e incapaz de cumprir pena no sistema prisional.
Não cola. O discurso de “não vou sobreviver na cadeia” é mais uma tentativa rasa de escapar das consequências de seus atos. A mesma mulher que sacou arma em público, que hostilizou ministros da Suprema Corte, agora alega depressão, distúrbios cardíacos e doenças raras para se livrar do que a Justiça determinou.
O sistema prisional brasileiro tem estrutura para garantir o tratamento médico de qualquer detento, inclusive com internação hospitalar, caso necessário. Não cabe à Justiça abrir exceções por conveniência política — e muito menos ceder a uma chantagem emocional barata.
Zambelli cometeu crimes graves, que não foram “brincadeira”, como quer fazer parecer. A tentativa de reescrever sua imagem como vítima frágil é ofensiva à inteligência da sociedade e à democracia que ela ajudou a atacar. Justiça não se dobra a lágrimas de crocodilo.