Da Redação
A deputada Gisela Simona (União-MT) relatou na noite desta quarta-feira, 15, no plenário da Câmara Federal, o projeto que cria a premiação 'Prêmio Brasil Mais Inclusão Deputada Amália Barros'. A honraria, que leva o nome da ex-deputada eleita por Mato Grosso, foi aprovada por unanimidade, quatro dias após a morte da parlamentar.
A premiação será concedida pela Câmara dos Deputados à profissionais, trabalhos, projetos e iniciativas voltadas à pessoas com deficiência que se destacarem pela contribuição ao desenvolvimento, à atenção, à promoção ou à garantia dos direitos das Pessoas com Deficiência no Brasil.
A deputada Amália Barros, de 39 anos, veio a óbito na noite do último sábado, 11 de maio, no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde estava internada desde o dia 1º de maio para a retirada de um nódulo benigno no pâncreas. Eleita deputada federal por Mato Grosso, em 2022, recebeu 70.294 mil votos. Ela deixa um enorme legado não só na luta pelos direitos das pessoas com deficiência mas, igualmente, na inserção das mulheres nos espaços de poder.
“A população de Mato Grosso elegeu a deputada federal Amália, concedendo a ela a legitimidade para ser a nossa representante na Câmara Federal. Foi uma honra ter dividido com ela, ainda que por pouco tempo, espaço na bancada de Mato Grosso, na Câmara dos Deputados. E ser testemunha de sua luta pelas pessoas com deficiência. Essa comenda com o nome dela é uma homenagem digna de sua atuação, e pelo legado que deixou com a existência da ‘Lei Amália Barros’ ”, diz a deputada Gisela.
O ‘Prêmio Brasil Mais Inclusão Deputada Amália Barros foi aprovado por unanimidade no plenário da Câmara. E será destinado a trazer mais visibilidade aos mais de 18 milhões de brasileiros com deficiência que lutam pela garantia de seus direitos e pela melhoria na qualidade de vida.
A relatoria feita pela deputada Gisela Simona é a unificação de três projetos de lei - o PL 18, 21 e 22/2024 -, um deles de autoria, inclusive, do deputado federal Abílio Brunini(PL), igualmente, de Mato Grosso
Entenda
A parlamentar ficou conhecida por sua defesa à Pessoa com Visão Monocular, transformando sua luta pessoal em bandeira, após a perda do olho esquerdo por toxoplasmose, aos 20 anos de idade.
A Lei 14.126/2021 que classifica a visão monocular como deficiência sensorial ficou conhecida como Lei Amália Barros. Sua luta assegurou às pessoas com visão monocular os mesmos direitos e benefícios previstos na legislação para pessoas com deficiência.
Amália fundou o Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular e por meio dele realizou diversas campanhas de arrecadação de recursos e doações de próteses oculares e lentes esclerais, beneficiando milhares de pessoas.
Nesta segunda-feira(13), Amalia Barros foi seputada com as honras merecidas em sua cidade natal, em Mogi Mirim, em São Paulo, em meio a um longo cortejo de amigos, familiares e políticos de todo o país que se despediram da parlamentar no Cemitério Municipal da Saudades.