Da Redação
A Bronca Popular
Foto/Montagem; Reprodução
O Paraná viveu uma das tardes mais sombrias de sua história recente. Um tornado com ventos que ultrapassaram os 250 km/h devastou Rio Bonito do Iguaçu e atingiu diversas cidades vizinhas, deixando um cenário de guerra: ao menos quatro mortos, 432 feridos e mais de 10 mil pessoas afetadas.
O fenômeno, de força brutal, surgiu repentinamente, arrancando telhados, árvores e sonhos. Casas foram reduzidas a escombros, ruas inteiras desapareceram sob destroços, e o barulho ensurdecedor do vento misturou-se aos gritos de desespero.
Em Quedas do Iguaçu, moradores passaram a noite sob lonas improvisadas após o destelhamento de dezenas de residências e prédios públicos. Espigão Alto e Três Barras do Paraná também contabilizam prejuízos: a prefeitura parcialmente destruída, postes caídos e bairros inteiros sem energia.
“Foi questão de segundos. O céu escureceu e tudo começou a voar. Parecia o fim do mundo”, relatou uma moradora, ainda em choque.
O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil mobilizaram equipes de todo o estado para os resgates. O coronel Jonas Emmanuel Benghi informou que mais de 40 agentes reforçam as buscas por desaparecidos. A chuva, que ultrapassou 40 milímetros, dificultou o trabalho e agravou os danos.
Enquanto famílias choram suas perdas, o estado tenta se reerguer do que restou.
O vento cessou, mas a dor e o medo permanecem. Em meio aos escombros, o Paraná se une para enfrentar o que parece uma tragédia sem precedentes — um lembrete cruel da força imprevisível da natureza.












