Quarta-feira, 02 de Julho de 2025

POLÍCIA Domingo, 23 de Junho de 2024, 20:08 - A | A

23 de Junho de 2024, 20h:08 - A | A

POLÍCIA / GOLPE NA INTERNET

Manipulação de IA em anúncios fraudulentos: políticos e indenizações falsas invadem redes sociais

UFRJ aponta 4.321 anúncios fraudulentos na Meta entre março e maio, usando políticos para golpes sobre falsa indenização da Serasa.

Da Redação
A Bronca Popular



Entre março e maio, 4.321 publicações patrocinadas nas redes sociais da Meta (Facebook e Instagram) usaram imagens de políticos manipuladas por Inteligência Artificial (IA) para aplicar golpes relacionados a uma suposta indenização da Serasa Experian, conforme levantamento do Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab) da UFRJ, informou o Estadão. Em 22 de maio, houve um pico de 537 anúncios fraudulentos na plataforma, superado apenas por março, com 833 anúncios no dia 23.

Os vídeos fraudulentos clonaram a voz de políticos como os deputados federais Nikolas Ferreira, Sargento Fahur, Eduardo Bolsonaro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A fraude visava capturar informações pessoais dos usuários, disseminando a falsa notícia de que a Serasa teria sido condenada a pagar até R$ 30 mil por vazamento de dados. Os vídeos direcionavam os usuários a preencher seus dados em uma página falsa para verificar se tinham direito ao benefício.

Dos 4.321 anúncios identificados, 1.154 não foram moderados pela Meta e 3.167 foram bloqueados por violarem os padrões de publicidade. A Meta afirmou ao Estadão Verifica que está sempre aprimorando sua tecnologia para combater atividades fraudulentas e colaborando com autoridades competentes.

O NetLab identificou 67 páginas e perfis responsáveis pela divulgação dos anúncios, que apareceram até 6,7 milhões de vezes. A diretora do NetLab, Marie Santini, destacou a incoerência na moderação dos conteúdos, apontando que anúncios moderados e não moderados eram veiculados pelos mesmos anunciantes com conteúdos quase idênticos.

Cleber Zanchettin, professor do Centro de Excelência em Inteligência Artificial para Segurança Cibernética do CIn-UFPE, analisou os vídeos e apontou a baixa qualidade de resolução como um indicativo de falsificação. Ele aconselha os usuários a diminuir a velocidade do vídeo para detectar a falta de sincronia entre áudio e imagem e a analisar o contexto do conteúdo.

Este resumo é baseado em informações publicadas pelo Estadão. Para ler a matéria completa acesse (AQUI)

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