Quarta-feira, 23 de Abril de 2025

POLÍCIA Sábado, 11 de Fevereiro de 2023, 18:32 - A | A

11 de Fevereiro de 2023, 18h:32 - A | A

POLÍCIA / CRUELDADE

Mulher chumba correntes de animais, que não conseguiam nem deitar

"O olhar de desespero dos animais foi surreal, as cachorras nem se mexiam de tanto medo", diz representante da comissão de direito animal da OAB

Da Redação
Correio Braziliense



Três cachorros e um gato, que sofriam maus-tratos, foram resgatados na Vila Buritis II, em Planaltina. A tutora dos animais, que ficavam acorrentados 24h por dia, chumbou os ganchos das correntes nas paredes de casa, impedindo os bichos de deitarem ou até mesmo alcançarem as vasilhas de água e comida.

Após receber uma denúncia anônima, na quarta-feira (8/2), Ana Paula Vasconcelos, representante da comissão de direito animal da seccional do Distrito Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), foi até o local fazer o resgate dos animais.

Para Ana, a tutora acusou os bichos de serem “agressivos”, por isso estavam acorrentados. Durante o resgate, que ocorreu nesta sexta-feira (10/2), a representante da comissão encontrou o local cheio de fezes, além de machucados no pescoço de uma das cachorras.

Segundo a denúncia recebida, os animais estavam nessa situação há muito tempo e a tutora dos bichos já havia sido acusada de maus tratos anteriormente. “O olhar de desespero dos animais foi surreal, as cachorras nem se mexiam de tanto medo”, relatou Ana Paula Vasconcelos ao Correio.

Segundo a representante, os animais estavam, no momento do resgate, muito assustados e arredios. Um boletim de ocorrência foi feito por Ana e a tutora responderá por maus-tratos.

No momento, os bichos estão sob tutoria da organização não-governamental (ONG) Eu Amo Eu Cuido, passando por avaliações de saúde física e psicológica. A representante aproveitou o ocorrido para destacar a importância deste tipo de denúncia.

“O resgate só foi possível graças à uma denúncia, elas salvam vidas”, garante Ana. “As pessoas precisam entender que os animais sofrem como nós e precisam ter a dignidade respeitada”.

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