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POLÍCIA Segunda-feira, 15 de Junho de 2020, 08:00 - A | A

15 de Junho de 2020, 08h:00 - A | A

POLÍCIA / Sara Winter

PF prende ativista de extrema direita sob suspeita de lançar fogos de artificio contra o STF

Mandado de prisão é autorizado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e ocorre dentro de inquérito que investiga movimentos antidemocráticos.

Da Redação
G1/TV Globo



A ativista Sara Winter foi presa pela Polícia Federal, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (15). A prisão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Winter é líder do grupo 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A prisão ocorre dentro do inquérito que investiga os movimentos antidemocráticos e não tem relação com a investigação sobre "Fake News". O mandado atende a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). O G1 tenta contato com a defesa.

Ao todo, seis pessoas foram presas. As identidades dos outros cinco detidos não haviam sido divulgadas até a publicação desta reportagem.

Ao autorizar a abertura do inquérito, em maio, Moraes disse que “é imprescindível a verificação da existência de organizações e esquemas de financiamento de manifestações contra a Democracia e a divulgação em massa de mensagens atentatórias ao regime republicano, bem como as suas formas de gerenciamento, liderança, organização e propagação que visam lesar ou expor a perigo de lesão os Direitos Fundamentais, a independência dos Poderes instituídos e ao Estado Democrático de Direito, trazendo como consequência o nefasto manto do arbítrio e da ditadura”.  

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Ligação com movimentos feministas Hoje apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o movimento feminista, em 2014 Winter entrou com pedido de cassação do mandato de Bolsonaro, quando o atual mandatário do país atuava como deputado. Na época, Bolsonaro havia declarado que "não estupraria a ex-ministra Maria do Rosário porque ela não merece".

Winter ficou conhecida anos antes, em 2012, quando participava do Femen, grupo feminista de origem ucraniana que organizou protestos na Eurocopa. Seguindo os passos do Femen, em 2013, Sara também organizou manifestações pela não realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Ela chegou a ser detida em uma das manifestações por ato obsceno e por chamar policiais de "assassinos". Esta reportagem está em atualização.

Da redação

Durante a campanha eleitora de 2018, Winter fez forte campanha contra Bolsonaro. Ela foi uma das organizadora do movimento "Ele Não". Durante um ato público, ela chegou a decepar o pênis de um boneco de Bolsonaro. "É preciso cortar o mal pela raíz", dizia a ativista. Depois das eleições, Sara declarou que o feminismo era uma doença e que já estaria curada da doença.

Livre da patologia, se converteu ao bolsonarismo e passou, se aliou ao presidente Jair Bolsonaro com e estruturou o grupo chamado de 300 do Brasil. Na manha desta segunda-feira, a ativista foi presa pela PF para responder pela séria de crimes que vem cometendo contra as intituições republicanas.

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