EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Excetuando Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, que insistem na sabotagem ao governo Bolsonaro, deputados e senadores se esforçam para melhorar a imagem do Legislativo perante a sociedade. Sob o comando do Capitão, o Executivo saiu das páginas policiais e as velhas práticas de corrupção restam apenas como lembranças de governos do passado – em especial da era Lulopetismo.
Em direção oposta, rumo ao lodaçal revolto da execração popular segue o Superior Tribunal de Justiça (STF), empurrado pela incúria do ministro Dias Toffoli.
A corte perdeu legitimidade e sem o respeito popular suas decisões servem apenas para aumentar o fosso entre o judiciário e os jurisdicionados.
A cada decisão desconectada do sentimento das ruas, estranhas ao ordenamento jurídico, faz crescer a percepção de negocismo, de arranjo político e de favorecimento a grandes mercadores do direito.
A mais recente de Toffoli, não a última, porque ele sempre pode avançar mais em direção ao imponderável, é uma amostra retumbante de como nutre profundo desprezo pelos princípios constitucionais, pela Carta Maior, pelas leis, códigos e regramentos que integram o marco civilizatório da sociedade da brasileira.
Ordenar que um derrotado nas urnas seja premiado com uma cadeira no senado avilta a soberania do voto, configura deboche ao eleitor e representa grave ameaça a estabilidade política do país. Favaro perdeu a eleição, foi rejeitado nas urnas. Ficou em 3º lugar na disputa.
Segundo a CF/88, todo poder emana do povo. Logo, qualquer exercício de poder sem autorização popular configura fraude, usurpação de prerrogativa popular. Carlos Favaro pode chegar ao senado por meio de uma aberração jurídica perpetrada pelo ministro Dias Toffoli.
A simples presença no senado de um indivíduo não consagrado pelas urnas contamina todos os atos e decisões daquela casa legislativa a ponto de torna-los passiveis de anulação por vício de origem.
Na hipótese, até provável, de Alcolumbre abaixar as calças e der cumprimento a decisão de Toffoli, o senado terá em sua composição senadores eleitos e um senador biônico.
Os togados do STF são criativos e habilidosos na arte de fazer picadinho da Constituição Federal. Assim foi na fase mais aguda e brutal da ditadura militar, quando o general Ernesto Geisel baixou o pacote de abril de 1977 e criou a horrenda figura do senador biônico.
Dias Toffoli não representa o povo de Mato Grosso. Na verdade, esse togado sem cultura e sem relevância jurídica precisa respeitar a soberania da vontade popular manifestada nas urnas. Favaro foi olimpicamente rejeitado nas urnas.
Ungir Fávaro senador por meio de uma canetada suspeita ofende até quem nele votou.
Um alerta - nada impede que num arranjo político qualquer, orquestrado por figuras nefastas como Rodrigo Maia (presidente da Câmara dos Deputados e Davi Alcolumbre (presidente do senado), a chapa Bolsonaro e Mourão seja cassada e Dias Toffoli, para atender o advogado alcunhado de Porquinho de Dilma (Eduardo Cardoso) chame Fernando Haddad (PT) para exercer um governo interino. Fica o alerta.