Da Redação
A Bronca Popular
Campo Novo do Parecis é uma cidade de fartura. Ou, como anuncia uma mensagem institucional, é terra de oportunidade. Nas ruas, carrões de luxo desfilam como reluzentes signos presuntivos de riqueza. No entorno da cidade e por quase toda a extensão territorial do município imensas plantações de milho, soja, algodão, cana-de-açúcar, milho pipoca, girassol e feijão, aliado a criação de gado de corte, evidenciam a pujança do agronegócio.
Essa frente agrícola de expansão capitalista sedimentada no Chapadão do Parecis potencializa a base econômica do município, aquece o comércio, gera empregos e turbina a conta bancária dos barões e tubarões do campo.
Na noite desta segunda-feira, a elite do agro se reuniu no Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis para tratar de duas questões consideradas relevantes. Arrecadar dinheiro para custear a campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro e organizar uma caravana para participar das manifestações do 7 de setembro em Brasília.
O presidente da entidade patronal, Bruno Giacomet Gonçalves afirmou que o transporte será disponibilizado pelos patrocinadores. No DF, haverá também acomodação para os participantes do evento. E, claro, será servido lanches e algo gelado para amenizar o calor do Planalto Central.
É uma causa nobre ajuda financiar a campanha à reeleição do presidente Bolsonaro, organizar caravanas de apoio ao governo. Assim como também é um ato de pura nobreza combater a ditadura do STF, defender liberdade de expressão e sufocar a esquerda que insiste em implantar o comunismo no Brasil.
Paralelo a essa atitude genuinamente patriótica, os barões do agro poderiam olhar ainda que de soslaio para as centenas de famílias que vegetam na pobre, na fome e na miséria social na periferia da Terra de Oportunidade.
O produtor rural, vice-prefeito e candidato a deputado estadual Toninho Brolio bem que poderia liderar um movimento de amparo às pessoas em situação de vulnerabilidade social. Fica a dica!