Da Redação
A Bronca Popular
O diretor administrativo e financeiro da Metamat, ex-deputado estadual Wagner Ramos, rebateu as investigações da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) que o vinculam a um suposto esquema de desvio de mais de R$ 22 milhões dos cofres da autarquia.
Em entrevista exclusiva A Bronca Popular, Ramos classificou as acusações como "infundadas" e afirmou estar "absolutamente tranquilo" sobre o desfecho das apurações.
"As notícias que me envolvem nessa operação são infundadas. Não tenho rigorosamente nada a ver com o que foi divulgado", declarou Ramos, referindo-se à Operação Poço Fundo, deflagrada com base em dados da Controladoria Geral do Estado (CGE).
Segundo reportagem do Folhamax, Ramos e o diretor técnico Francisco Holanildo teriam participado da liberação e atestado ordens de serviço e pagamentos que facilitariam o esquema.
No entanto, o ex-deputado argumenta que assumiu o cargo apenas em março de 2023, enquanto Holanildo foi nomeado em abril do mesmo ano. Ele ressalta que o contrato apontado como irregular venceria em junho/julho de 2023, três meses após suas nomeações.
"Como poderíamos estar envolvidos em algo que já estava em andamento antes de nossa gestão?", questionou.
Ramos afirmou que colaborou com a CGE no fornecimento de informações e que já tinha conhecimento da investigação.
Além disso, destacou medidas adotadas durante sua gestão para reduzir gastos, como a aquisição de um aparelho para verificar a profundidade de poços artesianos, o que, segundo ele, cortou mais de R$ 30 milhões em licitações subsequentes.
Sobre o valor do suposto desvio, ele contestou: "Os R$ 22 milhões são uma projeção, uma estimativa. O valor real desviado está longe disso."
Apesar das críticas ao teor das acusações, Ramos disse apoiar as investigações e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos.
"Defendo que tudo seja apurado, estou pronto para colaborar, mas reafirmo: não participei de nenhum esquema irregular. Tenho certeza de que isso ficará claro ao final", concluiu.