EDÉSIO ADORNO
Redação
Camila Martins Rodrigues, que é filha do prefeito de Aripuanã, Jonas Canarinho (PSL), requereu, em 08 de janeiro de 2020, da Agência Nacional de Mineração (ANM) autorização para pesquisa de minério de ouro em uma área de 2.654,64 hectares localizada na linha do “Poraquê”, no município de Aripuanã.
Menos de 30 dias do protocolo do pedido, Camila recebeu a Minuta de Alvará de Pesquisa por determinação Superintendente de Pesquisa e Recursos Minerais da ANM, Carlos Cordeiro Ribeiro.
De acordo com informações do processo (nº 866009/2020), Camila apresentou um orçamento inicial de R$ 980 mil para realizar as pesquisas de minério de ouro na área.
Uma fonte ouvida pelo site, sob a condição de anonimato, informou que a jovem Camila seria apenas testa de ferro ou simples laranja de seu pai e de um influente deputado bolsonarista, que teria sido o responsável pelo rápido andamento do processo na ANM.
“Essa moça é servidora da ALMT e ganha pouco mais de R$ 4 mil por mês. Jamais teria condições financeiras para custear um processo dessa magnitude”, afirmou
Protesto dos garimpeiros

Cansados de esperar pela boa vontade da Nexa em ceder uma área para garimpagem e desiludidos com falsas promessas de políticos, os garimpeiros resolveram protestar mais uma vez e exigir o direito de trabalhar. Nesta terça-feira (09), como grito de socorro, interditaram a ponte sobre o rio Aripuanã e obstruiram o acesso a mineradora Nexa. A empresa se recusa a dialogar com os representantes dos garimpeiros, que estão em compasso de espera desde que foram retirados por 160 agentes da Polícia Federal, Ibama e forças de segurança do Estado da área onde trabalhavam, em 07 de outubro do ano passado.
Políticos que dizem apoiar a luta dos garimpeiros, na verdade usam do prestigio conferido pelo mandato popular para defender interesses pessoais. Enquanto a filha do prefeito Jonas conseguiu um alvará para pesquisa de minério de ouro em menos de 30 dias, os garimpeiros, quase um ano depois de expulsos do area de garimpo, não sabe quando poderão retomar suas atividades. Se depender da intransigência da Nexa, essa retomada pode nem acontecer.
Carlos Alberto 10/06/2020
Licenciamento: primeiro fato já houve a Liberação do sub-solo. Segundo: a LP - licença para pesquisa é consequência do primeiro, posterior, a LI - Licença de Operação e depois, lO - Licença de Operação. Tudo depende do Projeto estar seguindo normativas. Independe de quem esteja requerendo. QQ um brasileiro pode requerer uma área de sub-solo, desde que esteja disponível. A Pesquisa tem prazo de validade, custas. Creio eu que maioria dos brasileiros não conheçam a matéria.
Serafim Carvalho Melo 09/06/2020
Viva a competência da ANM MT
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