Edésio Adorno
Cuiabá
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) fez tudo certinho. Cooptou com cargos e vantagens pessoais mais de uma dezena de donos de partidos, aliciou – ou teria corrompido? – vereadores de quase todas as legendas, investiu pesado na imprensa para preservá-lo e mostrar a maquiagem que realizou em pontos estratégicos da cidade. Institutos de pesquisa de idoneidade questionável turbinaram os números e a mídia amiga se encarregou de mostrar sua falsa supremacia eleitoral.
A farsa desmoronou como um castelo de areia! Emanuel Pinheiro é um homem pelado que se agarra a um velho paletó para tentar esconder o rosto. Perda de tempo!
Investigado pela Polícia Federal e denunciado pelo MPF, Pinheiro virou réu e deu um importante passo rumo ao seu próximo endereço: o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
“Se tiver vergonha, não sai candidato”, alertou o governador Mauro Mendes. “Se não tiver vergonha e sair candidato, o povo tem vergonha e vota contra”, completou Mendes.
Na tarde desta terça-feira, Pinheiro sofreu mais invertida. Fabio Garcia recuou de sua candidatura a prefeito e imediatamente seguiu a orientação do amigo Mauro Mendes. O DEM decidiu unir forças com Roberto França, uma das maiores reservas morais da política de Mato Grosso, para desferir o golpe de misericórdia em Emanuel Pinheiro.
Atordoado e ciente de que sua base partidária, construída na base do fisiologismo, é frágil e vulnerável, pediu prazo até quinta-feira para decidir se encara o Gordo ou se foge da disputa, da PF e do MPF. "O Gordo voltou e voltou aterrorizando ladrões e corrputos da política; corra Emanuel, enquanto há tempo", sugeriu um presidente de bairro da velha guarda.