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POLÍTICA Segunda-feira, 26 de Dezembro de 2022, 00:01 - A | A

26 de Dezembro de 2022, 00h:01 - A | A

POLÍTICA / USADOS E DESCARTADOS

Grupo golpista de Tangará da Serra teme ser largado em Brasília por financiadores

Da Redação
A Bronca Popular



Com a posse do presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva, no dia 1º de janeiro de 2023, o comando das Forças Armadas será automaticamente trocado. A PRF e Polícia Federal também terão novos diretores. A ordem será restabelecida na capital da república, como de resto em todo o país.

Uma das primeiras meidas que serão adotadas será o desmonte do acampamento de golpistas instalado em frente ao QG do Exército, em Brasília, ou incubadora de terroristas, como afirmou o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino.

Diante dos olhares omissos, de cumplicidade e de apoio do quase ex-presidente Jair Bolsonaro, os golpistas promoveram durante 60 dias atos de baderna, incendiaram carros, vandalizaram a cidade e, por último, descambaram para o terrorismo urbano, tendo o criminoso paraense Geoge Whasington de Oliveira Sousa como ponta de lança.

Em um grupo de Whatsapp, a autoproclamada liderança bolsonarista em Tangará da Serra, que seria supostamente ligada ao empresário Gotardo, Irene Lopes, após replicar mais uma fake news com anúncio de suposta invasão do STF por indigenas, revelou que esta será a última semana de manifestações em frente aos quartéis do Exército. Lopes sabe que a partir da próxima segunda-feira, 02 de janeiro de 2023, a regra do jogo será outra e os sediciosos serão tratados conforme a tipificação penal: baderneiros, arruaçeceiros e terroristas.

Em três grupos de Whatsapp de golpistas acompanhados pela reportagem deste site a discussão não era sobre o desmonte dos acampamentos em Brasília e sim sobre a logística de retorno para suas cidades de origens.

Manifestantes de Juína, Aripuanã, Sinop, Água Boa e Tangará da Serra aparentavam preocupação com a possibilidade de empresários que custearam a mobilização com o pagamento de ônibus ainda não teriam tratado dessa questão com os acampados.

"Eu não tenho grana para voltar, se esse caras me abandonarem aqui vou colocar a boca na trombeta", ameaçou um bolsonarista de Juína, que se apresenta com o nome de Daniel. Se dizendo morador de Campo Novo, um homem que não tem identificação de nome no celular, apenas uma bandeira do Brasil, também se declarou preocupado com o silêncio do produtor rural que ajudou pagar as despesas de transporte e de alimentação. 

Na barraca de Tangará da Serra montada em frente ao QG do Exército o clima é de preocupação com o retorno das pessoas que não tem como custear a passagem e nem a alimentação para retornar a cidade. "Acho que a gente não vai ser esquecida aqui; se a causa não deu certo, a culpa não é nossa. Podemos ser usados e depois jogados fora, esquecidos em Brasília", escreveu um bolsonarista à reportagem e logo apagou a mensagem. 

 

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