Imagens de drone, produzidas nesta quinta-feira, mostram com detalhes a dramática situação da Estação de Tratamento do Queima Pé. O cenário é desolador. Até a represa com “capacidade para 1 bilhão de litros”, construída pela prefeitura e anuncia como a redenção para o sistema de abastecimento da cidade está muito abaixo do nível.
As marcas d’água estão em todos os taludes da represa e bem abaixo do gramado, conforme revelam as fotos que ilustram essa matéria. Do alto, é possível perceber que o leito do córrego está completamente seco. A vazão será insuficiente para encher os depósitos de reservação. A situação deve se agravar com a chegada da estiagem. Historicamente, os meses de maio, junho, julho e agosto registram baixíssimos índices de precipitação pluviométrica.
Máquinas e operários trabalham em ritmo acelerado para ampliar a capacidade de estocagem de água. O chefe do Samae já disse que não descarta racionamento no período mais crítico da estiagem. E esse período se aproxima. As imagens alertam para um outro problema: a mata ciliar, ou seja, a vegetação nativa que existia as margens do Queima Pé foi totalmente destruída. Junqueira e Wesley deveriam assistir o documentário “Como os Lobos mudam os rios”.
Entendidos no assunto afirmaram a este site, sob a condição de anonimato, que Tangará da Serra vai enfrentar nova crise no abastecimento de proporções ainda mais dramáticas que a vivida em 2016.

Um engenheiro civil, com especialização em saneamento básico, e um biólogo com mais de 20 anos de atuação na área, concordam num ponto: o Samae negligenciou a questão do abastecimento.“Nesse momento, o que pode ser feito está sendo executado. Ampliar a capacidade de armazenação e torcer para que a vazão do córrego seja o bastante para encher as represas”, opinam.
Pelo que as imagens mostram, parece que não vai adintar algum comunicador afinado com a gestão jurar que não vai faltar água em Tangará da Serra. O ilustre vai ter que orar e operar o milagre da chuva fora de estação.