EDÉSIO ADORNO
Aparentemente recuperado da refrega que tomou nas urnas em 2018, quando encarou e foi surrado no 1º turno pelo empresário Mauro Mendes (DEM), o ex-governador Pedro Taques (PSDB) ensaia seu retorno a política.
Segundo informações recorrentes na imprensa, o tucano Zé Pedro Taques está disposto a lutar pela cadeira da senadora Selma Arruda (Pode), caso o TSE mantenha a decisão do TRE, que em abril deste ano cassou seu mandato sob a estapafúrdia acusação de abuso de poder econômico e de uso de Caixa 2.
O voto favorável à cassação de Selma Arruda, proferido pelo ministro Og Fernandes, agitou o meio político e reforçou em Taques o desejo de retornar ao senado federal, de onde saiu para ocupar o governo do estado e fazer bem feito o mal que fez a tanta gente, inclusive a amigos e aliados políticos.
Para tentar chegar lá, primeiro o tucano precisa esperar a decisão final do julgamento no TSE. Caso seja confirmada a improvável cassação da juíza Selma, Taques vai precisar percorrer Mato Grosso, pedir perdão ao povo pelo desastre que foi seu governo e, quem sabe, por sorte consiga aliciar os mais incautos e arrancar deles a votação que precisa.

Com dois deputados na Assembleia Legislativa, Wilson Santos e Carlos Avallone, alguns prefeitos e dezenas de vereadores distribuídos nos 141 municípios do estado, Pedro Taques aposta na reorganização do PSDB para sustentar sua eventual candidatura ao senado.
Na região Nortão, Nilson Leitão seria sua principal força.
No médio norte e noroeste do estado, o 1º suplente de deputado estadual, Saturnino Masson, já teria recebido a missão de reestruturar o partido e mobilizar a militância.
Em Tangará da Serra, o pré-candidato a prefeito pelo PSDB, Vander Masson, deve assumir a coordenação de eventual campanha de Pedro Taques para o senado federal.