Da Redação
Blog Edição MT
A Medida Provisória assinada pelo presidente Lula marca um passo importante para democratizar o acesso à Carteira Nacional de Habilitação.
Ao simplificar etapas, permitir a retirada da obrigatoriedade das aulas em autoescolas, reduzir custos de exames e garantir renovação automática para motoristas que não cometem infrações, o governo enfrenta de frente um obstáculo que por décadas afastou milhões de brasileiros do direito de dirigir: o preço.
Hoje, a CNH pode ultrapassar R$ 3 mil — valor que empurra cerca de 20 milhões de pessoas para dirigir sem habilitação e impede outros 30 milhões de buscar o documento.
A proposta corrige essa distorção histórica e abre caminho para inclusão, mobilidade e oportunidades de trabalho. Mas, justamente por ampliar o acesso, a medida exige atenção redobrada à qualidade da formação. No Mato Grosso, por exemplo, quase 1.000 pessoas morreram no trânsito em 2024, revelando um cenário que não permite negligência.
Por isso, a MP só alcançará seu potencial positivo se os exames teóricos e práticos continuarem rigorosos e capazes de assegurar que cada novo condutor esteja preparado.
A facilidade no processo precisa caminhar lado a lado com responsabilidade, fiscalização e campanhas educativas.
Assim, o Brasil poderá unir o que sempre foi visto como opostos: acesso ampliado e trânsito mais seguro.











