Edésio Adorno
Cuiabá
O médico, dono da Viação Juína e 2º suplente do PSL, Emílio Populo, teve a cara de pau de entrar com um Requerimento Administrativo junto à Assembleia Legislativa para impedir a posse do 1º suplente de deputado estadual, Gilberto Cattani (PSL), que deve assumir a cadeira de Sílvio Fávero, que morreu no último fim de semana vítima da covid-19.
No desespero pela conquista do poder pelo poder, a qualquer custo e sob qualquer pretexto, o Dr Viação Juína esqueceu um detalhe fundamental: não compete a Mesa Diretora da ALMT outra coisa senão declarar a vacância do cargo e convocar o 1º suplemente, sem entrar no mérito de eventual hipótese de infidelidade partidária ou não.
Essa é uma questão que compete ao partido – dono do mandato eletivo exercido por qualquer parlamenta – arguir nas vias administrativa e judicial. O 2º suplente, na condição de terceiro prejudicado, em havendo fundamento em suas alegações, tem legitimidade para levar a justiça eleitoral sua pretensão resistida.
O presidente da ALMT não tem competência fazer esse julgamento, sob pena de usurpar atribuição especifica da justiça eleitoral. Sob esse prisma, o requerimento do 2º suplente, Emilio Populo, com pedido para ser empossado na vaga que pertencia ao deputado Silvio Fávero, deve ser indeferido e arremessado a cesta de lixo.
No documento, Populo escreveu:
“Gilberto Cattani se apresentou como defensor das pautas do PRTB ao Senado em 2020, mas, todavia, ao optar por regressar ao PSL, não pode ter assegurado que este, simultaneamente, resgate a de 1º Suplente do PSL, sob pena de violar a soberania popular”
Pelo pobre arrazoado apresentado a direção da ALMT, o Dr Viação Juína nada entende de soberania popular.
Ora, estuprar a soberania do voto popular seria preterir alguém que foi consagrado nas urnas com 11.629 votos e privilegiar um individuo que obteve apenas 6.364 votos.
Violar a soberania popular, bem como fraudar o processo eleitoral, é usar laranjas na prestação de conta de campanha eleitoral.
Dessa matéria o Dr Viação Juína entende muito bem, conforme foi amplamente noticiado pela imprensa nacional.
Repita-se: a única coisa que a ALMT pode fazer é empossar Gilberto Cattani na vaga do saudoso deputado Silvio Fávero. As demais questões, se de fato existem, devem ser submetidas ao crivo do judiciário. Simples assim!