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POLÍTICA Quarta-feira, 05 de Março de 2025, 05:47 - A | A

05 de Março de 2025, 05h:47 - A | A

POLÍTICA / COMÉRCIO GLOBAL

Política tarifária de Trump impacta comércio externo brasileiro

Medidas protecionistas podem afetar setores chave do Brasil, mas também abrem portas para novas oportunidades no mercado global.

Da Redação
A Bronca Popular



A nova política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promete redesenhar o comércio global e coloca o Brasil em uma posição delicada, especialmente no setor agropecuário e siderúrgico.

As tarifas impostas sobre produtos do México, Canadá e China, além da inclusão de produtos de madeira e do etanol na mira, podem ter efeitos distintos sobre a economia brasileira, variando entre oportunidades e riscos significativos.

O pior cenário para o Brasil

Caso as sobretaxas se estendam a produtos brasileiros, o impacto será negativo para setores chave da economia nacional.

A indústria siderúrgica é uma das mais vulneráveis, pois os EUA são um dos principais mercados do aço brasileiro.

Com tarifas sobre o produto, as exportações poderiam despencar, impactando diretamente a cadeia produtiva e resultando em perda de empregos e investimentos no setor.

O agro também pode sofrer.

Se Trump ampliar sua guerra comercial para proteger os fazendeiros americanos, produtos como soja e carne podem ser afetados por novas tarifas, reduzindo a competitividade brasileira nos EUA.

Além disso, a imposição de taxas sobre o etanol brasileiro pode prejudicar o setor sucroalcooleiro nacional, que já enfrenta desafios internos.

O melhor cenário para o Brasil

Por outro lado, se a guerra comercial entre EUA e China se intensificar, o Brasil pode sair beneficiado.

No passado, quando Trump impôs tarifas sobre produtos chineses, Pequim aumentou as importações do Brasil, especialmente de soja e carne. Uma nova rodada de retaliações comerciais entre as potências poderia fortalecer a posição brasileira como fornecedor alternativo para o mercado chinês.

O setor madeireiro também deve ser observado.

Se os EUA reduzirem as importações do Canadá, o Brasil pode se tornar um fornecedor mais competitivo, dependendo de como as regras tarifárias forem aplicadas.

A política protecionista de Trump é uma faca de dois gumes para o Brasil.

Dependendo de como as tarifas forem aplicadas e das reações do mercado global, o país pode tanto perder mercados estratégicos quanto ganhar espaço em cenários de retaliações comerciais.

O governo brasileiro precisará de estratégias diplomáticas e comerciais para minimizar perdas e maximizar oportunidades nesse novo tabuleiro global.

 

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