EDÉSIO ADORNO
Redação
O lendário rio Araguaia é o divisor natural entre Goiás e Mato Grosso. Esse fantástico curso d’água, que brota em solo goiano e Matogrossense, também banha os Estados de Tocantins e do Pará. Em Torixoréu, uma ponte sobre o Araguaia de muitas lendas, é o canal de interligação com a cidade coirmã de Baliza, no vizinho Estado de Goiás.
O balizense e o torixorino vivem na mais perfeita simbiose social, econômica, cultural, religiosa e afetiva desde quando as duas cidades ainda eram apenas dois pequenos vilarejos cravados as margens do rio Araguaia, lá pelos idos de 1930.
O elo entre Torixoréu e Baliza é muito forte e jamais será rompido, seja pelo coronavírus ou pela ação atabalhoada da prefeita Inês Coelho. Nenhuma barreira, por mais atrevida e abusada que seja, vai conseguir romper o vínculo de amizade e a coesão social construídas por décadas entre as duas cidades e suas populações.
Barreira da vergonha
Sem se preocupar com as consequências desastrosas de sua ação, a prefeita de Torixoréu editou um decreto para, formalmente, prevenir a disseminação do coronavírus, mas que substantivamente agrava a crise financeira e gera o caos social nas duas cidades. Pelo malfadado decreto, Inês criou uma barreira no pé da ponte sobre o rio Araguaia para proibir a entrada ou saída de pessoas e para barrar a livre circulação de veículos. Um disparate!
Fiscais ou guardiões de barreira foram contratados. A forma de pagamento desses servidores continua um mistério.
A prefeitura de Torixoréu faz picadinho da lei de acesso a informação e demonstra total desprezo pelos princípios de moralidade, publicidade e transparência. A gestão Inês Coelho Mesquita, sob os auspícios de Odoni Mesquita, é o que se pode chamar de caixa preta indevassável. Talvez o TCE e o MPE um dia consigam descobrir as informações que habitualmente são escondidas da população e dos orgãos de controle externo.
O site apurou que a prefeita contratou Adelson Sales, Hugo Pereira, Gabriele Naves, Giovanna Rodrigues, Nayara Souza, Emanuel Carvalho, Eduarda Martins, Veronica Mesquita, e Giovanna Rodrigues, entre outros, para fazer o controle de quem pode entrar ou sair do município pela ponto sobre o rio Araguaia.
O trabalho dos guardiões da barreira da vergonha prejudica a vida da população de Torixoréu e penaliza sobre maneira o povo de Baliza, a ponto de desperta a indignação da prefeita daquela cidade, Fernanda Nolasco, que já acionou a justiça a afim de cessar o abuso de Inês. Por uma questão de justiça, os trabalhadores contratados e escalados para cuidar da tal barreira são meros cumpridores de ordens. A responsabilidade não é deles e sim da gestão municipal.
Controladoria-Geral da União informa que já foram transferidos, de janeiro até o momento, R$ 4,3 milhões para a prefeitura de Torixoréu. Também foram repassados recursos para financiar o combate ao coronavírus. A aplicação desses recursos será fiscalizada pelo MPF e, caso haja suspeita de maracutaias, a PF entra em ação.
O outro lado
O site entrou em contato, via Whatsapp, com Hugo Pereira. Ele atendeu ao chamado, mas ao ser certificado que era da reportagem, disse que não tinha nada para dizer. A ligação foi interrompida. Hugo também preferiu não responder como foi contratado e como teria recebido o salário pela trabalho realizado na barreira. A reportagem não conseguiu contato com os demais citados na matéria. O espaço está aberto.
Alex carvalho 08/07/2020
Que notícia vergonhosa, visto que o mínimo que ela tá fazendo é evitar um surto de corona vírus na cidade, está tentando manter a cidade longe disso pois nem UTI torixoreu tem. Vcs deveriam parar de reclamar e cobrar atitudes de seus prefeitos, baliza tá tudo aberto, não tá fazendo muito esforço não, e olha q nem sou morador daí. Deveria de envergonhar de escrever uma notícia cheia de ataques e desinformacao como essa...
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