Da Redação
A Bronca Popular
Um Projeto de Lei que proíbe o transporte, o armazenamento e a comercialização de peixes pelo período de cinco anos tem causado debates acalorados em Mato Grosso.
O objetivo dessa proposta é garantir o repovoamento dos rios do estado, preservando a fauna aquática e promovendo a sustentabilidade dos recursos naturais, sem prejudicar os pescadores profissionais. O governo estadual se comprometeu a pagar uma compensação financeira durante três anos para auxiliar esses profissionais afetados.
Entretanto, políticos que dependem do apoio dos pescadores para sua sobrevivência política estão liderando uma verdadeira guerra de narrativas contra o projeto, chegando ao ponto de estimular e financiar manifestações de protesto. Um exemplo disso ocorreu nesta manhã de terça-feira (27), quando uma manifestação bloqueou a Rodovia dos Imigrantes, sob a alegação de defesa dos interesses dos pescadores.
O secretário chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, declarou que a manifestação contra o Projeto de Lei da Pesca teve incentivo político e não foi uma ação espontânea. Segundo ele, houve uma articulação por trás desses protestos com o intuito de promover uma manifestação irresponsável.
Carvalho ressaltou que a manifestação fere princípios democráticos e que os pescadores tiveram a intenção de chamar a atenção da mídia através do bloqueio das rodovias. Ele reforçou que o direito de ir e vir é garantido a todos os cidadãos brasileiros e mato-grossenses, e que esse tipo de atitude é totalmente antidemocrática.
O chefe da Casa Civil também afirmou que não está familiarizado com o substitutivo que foi apresentado pelas lideranças partidárias e que seu conhecimento se limita ao projeto original. Segundo ele, o substitutivo não foi discutido na Casa Civil até o momento.
O Projeto de Lei da Pesca, que pretende proibir o transporte, armazenamento e comercialização de peixes nos rios do estado pelos próximos cinco anos, já foi aprovado em primeira votação e será novamente apreciado pela Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (28). A proposta busca o equilíbrio entre a preservação ambiental e o sustento dos pescadores profissionais, assegurando o repovoamento dos rios e a conservação dos recursos naturais de Mato Grosso.
Enquanto a discussão em torno desse projeto continua, é importante que os interesses da preservação ambiental e do sustento dos pescadores profissionais sejam devidamente considerados. O diálogo e o respeito mútuo entre as partes envolvidas são fundamentais para encontrar soluções que garantam a conservação dos recursos naturais e o bem-estar das comunidades locais a longo prazo.