Da Redação
A Bronca Popular
É consenso até entre os buracos das ruas de Tangará da Serra que a cidade e municípios vizinhos devem ou deveriam garantir representação na ALMT e na Câmara Federal. O busílis é como argamassar essa coesão regional.
O prefeito Vander Masson está disposto a contribuir para que a região tenha um representante no Congresso Nacional. Seus esforços, embora compreensíveis, serão embaldes. O máximo que ele pode fazer é convencer seu vice, Marcos Scolari, a jogar a toalha. Aliás, essa hipótese já está sendo comentada nos bastidores da política.
Entre os sete pré-postulantes a Câmara Federal, três já descartaram a possibilidade de recuo do projeto, sendo eles, o democrata cristão Nelson Ferreira, a bolsonarista professora Josenai Terra e a socialista Karen Rocha. O chamado consenso seria costurado, então, entre Tony Guzatti, Wagner Ramos, Marcos Scolari e Eduardo Sanches.
Campo Novo do Parecis tem dois pré-federais, o ex-presidente da Famato, Rui Prado e a afilhada política da primeira dama Michele Bolsonaro, Amália Barros. Essas lideranças abririam mão de seus projetos para participar desse arranjo regionalizado?
Para a sobrevivência dos partidos políticos - com os cofres abarrotados com verba do fundo partidário – eleger deputado federal é mais importante que a eleição de governador ou mesmo do presidente da República. Quanto maior a bancada, maior a mordida no bolo do fundão.
Partindo dessa premissa, pergunta-se: qual partido estaria disposto a abrir mão de um candidato com potencial para ajudar a legenda a conquistar cadeira na Câmara Federal?
Tivesse a gestão Vander com alto índice de aprovação, ele seria o melhor cabo eleitoral da região. Bastaria abraçar seu pré-federal e o privilegiado teria chances reais de estufar as urnas. Infelizmente, o momento não é favorável e a maré não está para peixe. Justo por isso, a aventada representatividade regional não passa de mero sonho de verão.