EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Enquanto o deputado Nelson Barbudo sangra nas redes sociais, o secretário-geral do PSL, Carlos Daltro Hayashida, que é parente próximo do vice do ex-governador Silval Barbosa, Chico Daltro, de quem foi Assessor da Superintendência de Assuntos Indígenas, zela da cavidade de sua barriga, o próprio umbigo.
No aconchego da chefia de gabinete do deputado Silvio Fávero, o dirigente do PSL hipotecou apoio a presepada do deputado Barbudo contra o presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, durante a acirrada disputa pela liderança do partido na Câmara.
Bastou Barbudo ser sugado pelo turbilhão da internet e Eduardo Bolsonaro vencer a batalha pela liderança da legenda, para Carlos Daltro correr para as redes sociais e de forma apressada manifestar apoio ao novo líder do PSL.
Na sexta-feira, quando Barbudo já era torpedeado nas mídias sociais, Daltro rasgou elogios ao deputado federal José Medeiros. O motivo era obvio demais: avisar que estava soltando o burçal de Barbudo. Seria o caso de dizer que trair traidor não configura deslize ético?
O deputado Nelson Barbudo não tem escritório de representação política em Cuiabá. Ele usa o gabinete do deputado Silvio Fávero, na Assembleia. É lá também que a secretária parlamentar de Barbudo, Sônia Aparecida Zoazokamaero Ferreira de Souza, tira expediente esporádico e eventual. Fávero também fez questão de contrariar Barbudo e reiterar seu apoio a Eduardo Bolsonaro.
O também filiado ao PSL e assessor de Fávero, Rafael Yonekubo, foi outro que abandonou Barbudo para cantar loas ao novo líder do partido, Eduardo Bolsonaro.