Da Redação
A Bronca Popular
O senador Wellington Fagundes (PL), apelidado de “melancia” pela direita raiz de Mato Grosso — verde por fora, vermelho por dentro — resolveu contratar o marqueteiro Humberto Frederico para tentar moldar um novo personagem: um bolsonarista convicto, afinado com as pautas conservadoras e defensor das bandeiras empunhadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O problema é que essa metamorfose política esbarra no passado recente. Fagundes construiu sua carreira abraçado aos governos petistas, especialmente de Lula e Dilma, comandando o DNIT em Mato Grosso como um feudo pessoal, período marcado por escândalos de corrupção.
Com a vitória de Bolsonaro, o então ministro da Infraestrutura, Tarcisio de Freitas, cortou de vez o cordão umbilical do senador com a autarquia — encerrando um reinado de quase duas décadas.
Agora, na ilusória tentativa de conquistar o eleitor bolsonarista, Fagundes tenta reescrever sua biografia. Mas Bolsonaro o vê com desconfiança, Michelle Bolsonaro sequer o cumprimenta e líderes da direita raiz não compram sua “conversão”.
Diferente de Gilberto Cattani ou Abilio Brunini, o senador que sonha disputar o governo do estado sequer tem liberdade para falar diretamente com Bolsonaro — sempre depende de intermediários.
Missão inglória, fadada ao fracasso