Um congressista do PL de Mato Grosso confidenciou à coluna que o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, tem como certa para os próximos dias uma operação da Polícia Federal (PF) contra a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. Segundo esse parlamentar, os áudios interceptados pela PF mostraram que a esposa de Bolsonaro só realizava pagamentos em dinheiro vivo e usava o cartão de crédito de uma amiga.
A cupula do PL não acredita, mas também não descarta até mesmo a prisão de Michelle. Nas mensagens, Mauro Cid mostrava preocupação que a prática fosse caracterizada como um esquema de rachadinha, uma vez que não havia comprovação da origem dos recursos.
Costa Neto teme que o envolvimento de Michelle Bolsonaro em suposto esquema de corrupção - rachadinha - possa prejudicar o desempenho do PL nas eleições municipais de 2024. "Essas denuncias enfraquecem tanto Michelle quanto o próprio Bolsonaro", lamenta.
As denuncias contra Michelle deixaram sua afilhada política, a deputada federal Amália Barros, em saia justa.
Com a imagem associada da ex-primeira dama, Amália terá dificuldade para construir a candidatura do vice-prefeito de Campo Novo do Parecis, Toninho Brolio, a prefeitura da cidade. "É uma situação desconfortável, Toninho é ligado a Amália, que por sua vez é quase irmã siamesa de Michelle", avalia o parlamentar.
Michelle Bolsonaro é a única ex-primeira dama da história do Brasil que conseguiu a proeza de ser investigada pela PF por suposta prática de corrupção. Essa investigação está apenas no começo, novos fatos serão revelados na medida que documentos, áudios e mensagens telefônicas interceptadas forem divulgadas pela PF.
Se continuar atrelado a Amália Barros e, indiretamente a Michelle Bolsonaro, Toninho Brolio vai precisar melhorar seu repertório de justificativas.