Em entrevista à Rádio Capital, na manhã desta segunda-feira (07), o senador Carlos Fávaro (PSD) criticou o clima de Fla-Flu que impera entre militantes de esquerda e de direita. O congressista condenou o radicalismo e defendeu o diálogo como alternativa para consolidação da democracia. Segundo ele, vestir uma camisa verde e amarela e sair por aí gritando não é democracia.
Fávaro defende o diálogo institucional com todos os candidatos que postulam a presidência da República. Ele avalia que não é possível excluir Lula dos debates, até porque, caso o petista seja eleito, é com ele que o agronegócio vai ter que conversar e apresentar as demandas do setor. "extremistas de esquerda e de direita não pensam no país, na coletividade e no bem comum", argumentou.
- O radicalismo hoje toma conta do país. As pessoas acham que colocar uma camiseta da seleção brasileira, verde e amarela, sair pra rua gritando, xingando o Congresso, o Supremo Tribunal Federal, está exercendo a democracia. A democracia vem do diálogo, do respeito às divergências. Você pode ter sua opinião, defendê-la bravamente, mas respeitar o divergente - disse Fávro e completou:
- Eu digo isso e as pessoas se chocam, mas eu disse: eu achei muito válido 9º encontro), muito importante, porque o diálogo tem que prevalecer, independente se o agro é reconhecidamente ‘bolsonarista’. Mas e se o presidente Lula ganha a eleição? Como será a interlocução? Quem vai levar os problemas do setor? -, questiona.
O senador foi incisivo nas críticas ao radicalismo político dos extremistas porque representantes do agro foram malhados nas redes sociais por terem se reunido com Lula, no dia 21 de janeiro. Fávaro pondera que as pessoas precisam respeitar e entender que “democracia é diálogo”.