Fazer a captação e adução da água do Sepotuba até a ETA Queima Pé era um sonho que se converteu em desalento.
A obra dificilmente vai sair do papel durante os próximos anos.
A coluna apurou que a empresa vencedora da licitação recorreu a justiça contra ato da Comissão de Licitação do Samae, que por razão ainda não devidamente esclarecida não homologou o resultado do certame licitatório.
Enquanto a questão não for aclarada pela justiça, o que pode demorar anos, a autarquia municipal não consegue realizar outra licitação.
Até lá, sabe até quando, a população torce para que o próximo período de estiagem não seja tão inclemente e que São Pedro não leve em conta a inabilidade administrativa das autoridades e colabore com aquela chuvinha providencial.
Sem água na torneira, a cidade entra em estado de dormência, ou seja, sofre inibição em sua capacidade de crescer.
O Ministério Público Estadual (MPE) já notificou a prefeitura de Tangará da Serra para não liberar nenhum empreendimento imobiliário, aí incluso o conjunto habitacional que seria construído pelo governo do estado por meio da MT Par, em parceria com a Caixa Econômica Federal e o município.
Além da água, a falta de saneamento básico (esgotamento sanitário) é outra barreira ao crescimento da cidade.
A capacidade de tratamento do esgoto coletado não atende a demanda. Enquanto esse problema não for resolvido, a Sema não concede outorga e sem outorga nenhum agente financeiro pode aportar recursos. Em razão disso, Tangará está literalmente travada.