O presidente do Sindimed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso), Adeildo Lucena, em entrevista ao Midianws, descascou a mutamba no prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por desmandos na área de saúde. Em resposta a uma pergunta, o sindicalista disparou:
De fato, Cuiabá está vivendo a pior situação de todos os tempos. Essa não é uma frase minha, é de muitos colegas que atuam nas unidades de saúde. A gente passou por um momento ruim que foi a pandemia, mas ela não pode servir de desculpas para o que vem acontecendo em Cuiabá no último ano.
Temos problemas crônicos antigos, como a falta de leito de retaguarda, que é quando o paciente chega a uma unidade de emergência, é estabilizando e precisa ser transferido para uma unidade com leito de retaguarda, seja enfermaria ou UTI. Sem esses leitos, os pacientes se acumulam em corredores de UPAs e Policlínicas sem assistência adequada.
Mas, atualmente, percebemos a falta de medicamentos essenciais, como dipirona e antibióticos. Tem até algumas unidades em que faltam medicamentos necessários para entubar pacientes, outras regulam o acesso venoso, porque não tem escalpe, não tem soluções salinas para manter o acesso e hidratar o paciente. Então, essas medicações que antes não faltavam tem sido uma tônica. Em unidades de urgência e emergência não tem aparelho de eletrocardiograma funcionando, de raio X, tomografia. É um absurdo. Outra dificuldade é o transporte de pacientes para outras unidades.