Da Redação
Blog Edição MT
Sem direito a réveillon, 2024 já chegou a Tangará da Serra e trouxe sob seus auspícios o debate antecipado sobre a eleição municipal.
Nos grupos de Whatsapp a sucessão do prefeito Vander Masson gera acalorados debates. Os entendidos ou simplesmente envolvidos na trama política formulam conjecturas e prognósticos para todos os gostos.
O debate político é saudável e faz parte do jogo democrático. A antecipação da eleição, no entanto, é um fato que tem um lado positivo e outro negativo ou vantagens e desvantagens. A oposição ganha visibilidade e dividendos políticos. Vander é obrigado a qualificar sua gestão, fazer entregas, resgatar compromissos de campanha e se explicar para os eleitores.
Não existe pesquisa de avaliação da gestão Vander, o único termômetro para aferir sua popularidade, aprovação e rejeição são as redes sociais.
O blog acompanha mais de 20 grupos de Whatsapp.
Com base no que rola no meio digital é possível deduzir que Vander não vai bem das pernas.
Todo e qualquer gestor minimamente esclarecido, ainda que não tenha lido O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, sabe que o remédio amargo deve ser ministrado no inicio do governo. Vander ignorou essa regra básica. Ele não adotou nenhuma medida amarga no início de seu mandato, mas ao longo dos últimos dois anos produziu em série medidas impopulares. O desgaste era previsível.
Vander foi eleito na crista da promessa de resolução da crise hídrica, cuja crise foi a maldição do ex-prefeito Fábio Junqueira que não conseguiu eleger seu sucesso. Em 2021 e 2022, São Pedro colaborou com Vander e não deixou faltar água na torneira do tangaraense.
Será que terá a mesma sorte em 2023 e 2024?
O problema do abastecimento de água não se resolve apenas com a captação do Sepotuba. A capacidade de tratamento da ETA Queima é outro problema que compromete o sistema.
Vander pode recuperar os pontinhos perdidos, brecar o avanço da oposição e se credenciar para continuar no comando da prefeitura?
A resposta é sim, mas com ressalva: desde que consiga tirar o pé do chão e imprimir um norte em sua gestão. Ah, desativar a fabrica de produção de desgastes também é medida urgente e necessária. O tempo urge!