Da Redação
Blog Edição MT
A socióloga e vereadora de Goiânia Aava Santiago (PSDB) não economizou palavras ao comentar, em postagem no Instagram, a operação da Polícia Federal que encontrou R$ 430 mil em dinheiro vivo na casa do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara. “Eu avisei!”, escreveu. E o alerta não era retórico — era diagnóstico político.
Para Aava, o episódio não revela um escândalo isolado, mas confirma um modus operandi. O dinheiro apreendido, sob suspeita de desvio de recursos da cota parlamentar, seria apenas mais uma evidência do funcionamento de uma engrenagem conhecida: a da extrema-direita que se fantasia de guardiã da moral e dos bons costumes, enquanto opera nos bastidores com cinismo e voracidade.
Sóstenes, segundo a vereadora, é um dos principais operadores de uma ala da Bancada Evangélica que instrumentaliza o evangelho, sequestra a fé popular e a transforma em moeda de chantagem política. Nada, em sua trajetória parlamentar, indica compromisso com as urgências reais do povo evangélico — trabalhadores espremidos em ônibus lotados, famílias dependentes do SUS, gente que convive com a fome e mulheres vítimas de violência dentro e fora das igrejas.
Ao contrário, sua atuação legislativa é marcada por terrorismo moral, obstrução sistemática, chantagem institucional e defesa de projetos que aprofundam desigualdades e violências. A fé, nesse contexto, vira biombo. A Bíblia, instrumento. O mandato, negócio.
Aava vai direto ao ponto: esses mercadores da fé não representam os evangélicos. Representam o que há de mais deteriorado na política brasileira — oportunismo religioso, cinismo moral e farra com dinheiro público. O episódio dos R$ 430 mil não é ponto fora da curva. É o retrato de um método que ela, como diz, já vinha denunciando.
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