Da Redação
A Bronca Popular
Expoentes de primeira grandeza da direita bolsonarista, como os deputados Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, não são exceção, mas parte de um escândalo de proporções apocalípticas que expõe o submundo do Congresso Nacional. O possível desvio de recursos públicos por meio de cotas parlamentares e emendas ao Orçamento escancara um sistema corrompido até a medula.
O rastro da promiscuidade institucional não se limita a Brasília.
Em Mato Grosso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) aperta o cerco contra o senador licenciado e ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), pela liberação de quase R$ 30 milhões para o diminuto município de Jangada — um repasse que desafia a lógica administrativa, a moral pública e o bom senso.
No Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Flávio Dino relata e conduz ações penais que alcançam dezenas de deputados e senadores, sinalizando que a devassa institucional está longe do fim.
Já a Polícia Federal, em campo, recolhe provas capazes de implodir o Congresso em pleno ano eleitoral.
O cenário é de apocalipse antecipado para uma Casa legislativa que há muito deixou de ser templo da representação popular para se tornar mais promíscua do que Sodoma e Gomorra, onde o discurso moral serve de biombo para negócios obscuros e a fé é usada como álibi para saquear o erário.













