Da Redação
Blog Edição MT
Filósofos ensinam que verdade e mentira não existem – são apenas construções filosóficas. A ciência jurídica define verdade como aquele fato que se prova. O inverso seria mentira. O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), é bacharel em direito, mas sua praia é o silogismo sofístico. Disposto a iludir, ludibriar a opinião pública, ele refuta a verdade fática com argumentos falsos.
Quando Emanuel elenca diversos candidatos, críticos de sua gestão, que não tiveram êxito nas urnas, ele recorre a uma estratégia mental definida pela psicologia como compensação. Por meio desta estratégia, ele nega conscientemente ou inconscientemente sua derrota e a humilhação sofrida por sua esposa nas urnas.
Feita essa digressão, vamos ao X da questão!
Emanuel Pinheiro declarou à imprensa que foi o grande vencedor da eleição deste ano. Para sustentar sua tese, ele citou a reeleição de seu filho Emanuelzinho para a Câmara Federal e a eleição do vereador Juca do Guaraná para a ALMT. A partir desta verdade, Pinheiro recorre à mentira. E o faz porque é mentiroso atávico, a mentira faz parte de sua índole – está gravada no seu DNA.
Desconstrução da mentira
A primeira dama Márcia Pinheiro, esposa de Emanuel, foi humilhada na corrida ao governo do estado. Sofreu acachapante derrota em Cuiabá. Ela teve 21,43% dos votos ante 69,27% de Mauro Mendes.
O prefeito também não digeriu o fato de seu desafeto Abilio Junior ter sido eleito federal com maior quantidade de votos que seu filho Emanuelzinho.
E mais: dos oito deputados federais eleitos em 02 de outubro, sete são da chapa liderada por Mendes.
Alheio a essa verdade, Pinheiro sofismou: “Ser contra Emanuel Pinheiro em Cuiabá tem que tomar cuidado; não é o melhor remédio ser contra Emanuel Pinheiro na Capital”.
Ser favorável a Pinheiro em Cuiabá também não adianta em nada. Márcia e sua votação mixuruca (66.699 votos) é a prova mais robusta e eloquente da insignificância eleitoral do inquilino do Alencastro. Tem mais: Emanuel fez de tudo para inviabilizar a reeleição do deputado Paulo Araújo (PP) e garantir uma vaga na ALMT para o morador de Barra do Garças, Moacir Couto. De com as burras n’água.
Pinheiro não admite que fracassou na tentativa frustrada de eleger Couto. Ele prefere se apropriar indevidamente dos méritos do vereador Juca do Guaraná pela conquista de uma cadeira no Legislativo Estadual. Emanuel também finge não saber que a eleição do ex-secretário de Esporte e Cultura, Beto Dois a Um, para a ALMT teve o empenho pessoal do governador Mauro Mendes.
Além de ser reeleito com quase 70% do eleitorado de Mato Grosso, Mendes contribuiu para a vitória robusta de Fagundes ao senado, tendo o ex-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, na 1º suplência. Neri Gueller, apoiado por Pinheiro, foi um desastre nas urnas.
Diante de tudo isso Emanuel ainda se considera um vencedor. Claro, o masoquista sempre se deleita e comemora quando encontra alguém para surrá-lo. A questão não é política e sim patológica.