Da Redação
Blog Edição MT
Após sua esposa Márcia ser rejeitada nas urnas, inclusive de forma vexatória na baixada cuiabana, Emanuel Pinheiro acordou para a realidade. Acossado pela opinião pública, encurralado pela Justiça Federal, desgastado, desmoralizado e isolado, o ainda prefeito de Cuiabá foi à imprensa e anunciou rendição ao governador Mauro Mendes (UB). Pinheiro propôs um armistício ao chefe do Paiaguás.
Mendes não levou a serio o arrego de Pinheiro. Nem deveria. A tentativa de reconciliação proposta por Pinheiro pode ser uma arapuca. Emanuel é especialista em trapaças e consegue mentir com mais facilidade que Pinóquio. É um embusteiro juramentado!
O governador rejeitou de imediato e com forte argumentação – para quem tem brio na cara – a proposta de reaproximação lançada por Pinheiro. “Não sou esse político sem vergonha que hora xinga, hora se abraça. Isso não faz parte do meu perfil”, respondeu Mendes à provocação da imprensa. “Durante esse período [de campanha], ele e o grupo dele fizeram fortes ataques pessoais a mim e a minha família, e isso é muito difícil de eu conseguir superar”, ressaltou.
Além das graves ofensas pessoais estilingadas por Pinheiro contra Mendes, sua esposa e seu filho, outro fator igualmente grave obstaculiza a reconciliação entre os dois gestores. Os sucessivos escândalos de corrupção no Alencastro, seguidos de diversas operações policiais, o afastamento e até a prisão de vários secretários municipais constitui um fosso intransponível entre Mauro e Pinheiro.
Sem conseguir fazer as entregas prometidas a população e sem um nome para lançar a sua sucessão em 2024, Pinheiro tenta se aproximar de Mendes por interesses óbvios. Habituado a enganar muita gente, desta vez o prefeito em fim de linha deu com as burras n’água.
É a lei da biologia: as bactérias produzem uma toxina para sua autodestruição.
Emanuel vai ter que beber o veneno que preparou para seus adversários.