Da Redação
Blog Edição MT
O cidadão que tem familiaridade com a língua portuguesa considera o codinome ‘mito’ atribuído ao presidente Jair Bolsonaro apenas um deboche.
Segundo o ‘pai dos burros’, mito é uma ficção, um ser sobrenatural, um herói, uma figura cuja existência não pode ser comprovada e domina o imaginário coletivo.
E o mito Bolsonaro dominou e continua a dominar o imaginário de uma legião de devotos – pessoas que se movem pela fé em um deus de ocasião.
O clã Bolsonaro mantém uma relação abusiva com seus seguidores, que foram esquecidos debaixo de sol, chuva e de toda sorte de privação nas portas dos quarteis.
Eduardo Bolsonaro zarpou para o Catar, onde foi vender pen drive.
Flavio Bolsonaro se escondeu, depois apareceu para dizer que intervenção militar nunca foi cogitada por seu pai.
O chefe do clã, Jair Bolsonaro passou um esparadrapo na língua e se recusa a falar qualquer coisa. Melhor assim, a timeline das redes sociais ficaram menos toxicas.
O silêncio do mito decadente é interpretado por seus crédulos seguidores como ordens enigmáticas, que somente os convertidos conseguem decifrar.
Entre o bolsonarismo, a seita do demiurgo da rachadinha, uma regra é clara: o mito jamais pode ser questionado. Quem ousa quebrar essa regra é rotulado de infiltrado, recebe a pecha de comunista, esquerdalha e como castigo será boicotado para o resto da vida.
O que a claque não sabe é que o mito de barro enfrenta o pior dilema de sua vida. Bolsonaro não tem nada para dizer a seus vassalos acampados nos quarteis. Se falasse as sandices que gostaria de dizer sua situação se complicaria ainda mais diante do judiciário.
O silêncio é o discurso do covarde, cujo preço logo vai ter que pagar.
Bolsonaro não teve altivez para reconhecer a vitória de Lula e muito menos prova para contestar o resultado das urnas.
Enclausurado no Palácio da Alvorada, o mito decaído estimulou protestos contra o resultado da eleição e alimentou sua militância com a promessa de um golpe de estado. As Forças Armadas não embarcaram na aventura golpista de Bolsonaro e seus seguidores.
Lula será diplomado no próximo dia 12 de dezembro.
Em 1º de Janeiro de 2023 o petista toma posse na presidência da Republica.
Bolsonaro sairá pelas portas dos fundos.
É pequeno demais para entregar ao vencedor a faixa presidencial.
O mito era de barro e se quebrou. E seus seguidores vão quebrar a fuça!
Hilton Coelho de Brito Neto 08/12/2022
Parabéns ao redator pela sensatez, visão e excelente português. É a primeira vez que adentro o site. Surpreendente que seja baseado em um dos estados mais Bolsonazistas do país, o que mostra também a coragem do redator. Me tornarei assíduo.
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